Copa do Mundo 2022: Catar é o cabeça de chave do grupo A; veja rivais

Abertura da Copa será disputada entre Catar X Equador. Grupo ainda conta com a participação de Senegal e Holanda

Marcos Paulo Lima

Danilo Queiroz

Victor Parrini

postado em 01/04/2022 13:47 / atualizado em 12/08/2022 18:17

(crédito: Divulgação/Qatar Football Association)

Os primeiros passos das seleções em busca do título da Copa do Mundo do Catar estão oficialmente definidos. Na tarde desta sexta-feira (1º/4), em evento realizado em Doha, capital da sede do torneio, a Fifa confirmou o chaveamento dos oito grupos do Mundial de 2022, marcado para ser disputado entre novembro e dezembro. O grupo A da competição terá o Catar como cabeça de chave, que também tem Equador, Senegal e Holanda. A data de início da 22ª edição do torneio está marcada para 21 de novembro.

Confira quem é quem no Grupo A

»Catar

Anfitrião com bagagem internacional

País sede da Copa do Mundo, o Catar disputará o torneio pela primeira vez em sua história. Trabalhando forte fora de campo para organizar uma edição memorável para os torcedores, o país asiático também quer fazer bonito dentro de campo para começar a construir uma história de maior consolidação no esporte mais popular do planeta. Para isso, a equipe investiu em um grande intercâmbio internacional.

Comandando pelo espanhol Félix Sánchez Bas, o país sede do Mundial de 2022 disputou diversos torneios internacionais como convidado: Copa América de 2019, quando chegou a jogar contra o Brasil, em Brasília, durante a preparação, Copa Ouro da Concacaf de 2021, além de amistosos contra as seleções do grupo A das Eliminatórias da Europa (Sérvia, Portugal, Irlanda, Luxemburgo e Azerbaijão).

Mesmo com vaga garantida na Copa, o Catar também atuou nas Eliminatórias asiáticas, pois as duas primeiras fases serviram como seletiva para a próxima Copa da Ásia. E o anfitrião de 2022 fez bonito na disputa ao ser campeão do grupo E, ganhando sete dos oito jogos disputados contra as fracas seleções de Omã, Índia, Afeganistão e Bangladesh.

No esquenta para o Mundial, a seleção também fez bonito na Copa da Ásia de 2019, com direito a triunfo histórico. O Catar surpreendeu o Japão e se sagrou campeão continental pela primeira vez. Porém, sem grandes nomes de destaque no cenário internacional, o cabeça de chave do grupo A se prepara, muito mais, para um passeio de luxo na competição em casa.

Ficha técnica

Este pode ser o time (3-5-1-1)

Meshaal Barsham;
Salman, Khoukhi e Hisham;
Homam Ahmed, Al Bayati, Boudiaf, Assadalla e Pedro Miguel Correia;
Akram Afif;
Almoez Ali;
Técnico: Félix Sánchez Bas (Espanha)

Participações em Copas: 1
O cara: Akram Afif (Al-Sadd), 25 anos

 

»Equador

Surpresa da América do Sul

Seleção com pouca tradição em Mundiais — a participação no Catar será somente a quarta do país em toda a história das Copas —, o Equador chega em 2022 embalado pela surpreendente campanha nas Eliminatórias Sul-Americanas, desbancando times mais tradicionais como Colômbia e Chile na corrida pela vaga. O exemplo de potencial demonstrado nas seletivas do continente, principalmente nas rodadas iniciais, deve ser como um mantra para a campanha de 2022.

O técnico argentino Gustavo Alfaro chegará no Mundial com pouco mais de dois anos de trabalho com os equatorianos, um país com amplo histórico de confiar o comando da seleção a técnicos estrangeiros. No período, consolidou um estilo. Atual campeã sul-americana sub-20, a seleção vai colhendo os frutos de um trabalho de longo prazo de afirmação na América do Sul. Hoje, o time tem uma base “internacionalizada” com atletas que atuam na Europa.

Candidato à coadjuvante, o Equador vai ao Catar com a missão natural de superar a si mesmo. A meta principal vai ser ir além da melhor campanha do país, quando chegou na fase de oitavas de final, na Copa de 2006, na Alemanha.

Ficha técnica
Este pode ser o time (4-3-3)

Domínguez;
Ángelo Preciado, Félix Torres, Hincapié e Estupiñán;
Gruezo, Moisés Caicedo e Franco;
Estrada, Enner Valencia e Plata.
Técnico: Gustavo Alfaro (Argentina)

 

»Senegal

Potência africana quer brilhar no palco mundial

Considerada a melhor seleção do continente africano, Senegal participa pela terceira vez de uma Copa do Mundo, a segunda de forma consecutiva. A confirmação veio com muita emoção ao superar o Egito, do astro do Liverpool, Mohamed Salah, por 3 x 1, nos pênaltis.

Os senegaleses são liderados por ninguém menos que a estrela Sadio Mané, também atacante do Liverpool. Aos 29 anos, o atacante disputará a segunda Copa do Mundo da carreira. A primeira foi na Rússia, em 2018, quando o país quase se classificou às oitavas de final.

Além de Mané, Senegal conta com o melhor goleiro do mundo debaixo das traves. Decisivo nos títulos continentais e mundial do Chelsea, Édouard Mendy repete a dose na equipe nacional e alavanca o país no melhor momento da história futebolística. Senegal é a atual campeã da Copa Africana de Nações, título inédito, conquistado em fevereiro sobre os rivais egípcios.

Em ascensão continental e buscando espaço no contexto mundial, Senegal figura na 20ª colocação do ranking da Fifa de melhores seleções. É a única africana entre as 20 primeiras.

Ficha técnica
Este pode ser o time (4-3-3)

Édouard Mendy;
Ciss, Koulibaly, Abou Cissé e Sabaly;
Gana Gueye, Nampalys Mendy e Bouna Sarr;
Boulaye Dia, Ismaila Sarr e Sadio Mané.
Técnico: Aliou Cissé (Senegal)

Participações em Copas: 3
Melhor campanha: quartas de final (2002)
O cara: Sadio Mané (Liverpool), 29 anos

 

 

»Holanda

A Laranja Mecânica voltou

Ausente na Copa da Rússia depois do vice em 2010 e do terceiro lugar em 2014, a Holanda está de volta ao Mundial apostando no mesmo técnico que trouxe ao Brasil há oito anos. Mentor do fantástico Ajax campeão da Champions League na temporada de 1994/1995 e vice europeu em 1995/1996, Louis van Gaal é o dono da prancheta. A questão é o entra e sai de treinador neste ciclo. Começou com Ronald Koeman, passou por Frank de Boer e deve ser concluído por um dos treinadores mais badalados do mundo, com passagens, entre outros clubes, pelo Barcelona e o Bayern de Munique.

A Holanda passa por um trabalho de renovação. Falta maturidade à Laranja Mecânica em jogos mais pesados. No ano passado, a seleção foi eliminada pela República Tcheca nas oitavas de final depois de uma campanha impecável na fase de grupos.

Há peças relevantes no plantel. A defensa conta com de Ligt, van Dijk e Daley Blind. Para o meio de campo, Frenkie de Jong e o ótimo Wijnaldum. Na frente, o cara que desequilibra é Memphis Depay. Aos 28 anos, o atacante do Barcelona é a mente brilhante da Holanda.

A campanha holandesa foi tensa nas Eliminatórias. A Turquia ficou o tempo todo na cola, mas ficou dois pontos atrás na classificação final. A chave tinha, ainda, Noruega, Montenegro, Letônia e Gibraltar. O suficiente para superar os traumas de 2018.

Ficha técnica
Este pode ser o time (3-4-1-2)

Flekken;
Blind, de Light e van Dijk;
Dumfries, Koopmeiners, de Jong e Malacia;
Berghuis;
Depay e Malen
Técnico: Louis van Gaal (Holanda)

Participações em Copas: 11
Melhor campanha: vice-campeã (1974, 1978 e 2010)
O cara: Memphis Depay (Barcelona), 28 anos