É oficial. Eduardo Coudet está de volta ao Internacional. O clube gaúcho anunciou o retorno na manhã desta quarta-feira. A recontratação é confirmada dois anos e nove meses depois da primeira passagem pelo cargo. Em 2020, no auge da pandemia, ele deixou o emprego para assumir o Celta de Vigo depois de um suposto atrito com o executivo Rodrigo Caetano. O colorado ocupava o primeiro lugar no Campeonato Brasileiro. Abel Braga assumiu e perdeu o título para o Flamengo.
Depois do episódio, Rodrigo Caetano negou desgaste na relação com Coudet no Internacional. "Não me sinto de forma nenhuma responsável pela saída dele. Criou-se um factoide de um confronto meu e dele, mas já deixei claro que isso nunca existiu. Falo com ele praticamente toda semana. Se tivesse acontecido, acho que ele não me procuraria para ter informações do Brasil. O que aconteceu é que, em certo momento, tive que tomar uma posição pública sobre a falta de recursos e a necessidade de uso dos jogadores da base. O que foi dito publicamente já havia sido dito no privado", relatou o dirigente meses depois da conturbada saída. Ambos voltaram a trabalhar juntos no Atlético-MG neste ano, mas houve novamente ruídos no relacionamento do treinador com a cúpula do Galo.
"El Chacho" segue marcado na memória do torcedor do Inter pela história recente. Na temporada da pandemia de covid-19, em 2020, o portenho chegava do Racing e fez um bom trabalho. Tornou o time do Beira-Rio mais competitivo no cenário brasileiro e sul-americano. Antes da quarentena, classificou o Inter para a fase de grupos da Libertadores. O Inter avançou ao mata-mata em segundo atrás do Grêmio.
Na primeira passagem de Coudet, o Inter amargou o vice no Campeonato Gaúcho e não entrou no Brasileirão como favorito. O Inter teve um bom começo na Série A, assumiu a dianteira, deixou o primeiro lugar escapar na quinta rodada e oscilou. Foi eliminado pelo Boca Juniors nas oitavas de final da Libertadores e pelo América-MG nas quartas de final.
No começo de novembro, entretanto, a inesperada saída do argentino parecia estremecer a temporada colorada, apesar de uma renovação do folego na sequência com Abel Braga, insuficiente para conquistar o Brasileirão e encerrar o jejum seca de mais de 40 anos à época. Ao todo, em nove meses e meio, Coudet acumulou 46 jogos, com 24 vitórias, 13 vitórias e nove derrotas, com 61,5% de aproveitamento.
"Eu sempre falo que tenho uma dívida com este clube, com o torcedor. Quem sabe um dia o futebol vai me deixar pagar esta dívida. Mas agora eu tenho a cabeça aqui (no Atlético-MG). Eles queriam ganhar, nós também e, para nossa sorte, fizemos um grande jogo", afirmou Coudet neste ano, quando ainda comandava o Galo no duelo válido pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
Desembarcam no Beira-Rio com Eduardo Coudet o preparador físico Octavio Manera, o auxiliar de preparação física Guido Cretari e o analista de desempenho Carlos Fernández. Todos faziam parte da comissão técnica dele na temporada de 2020.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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