
A equipe francesa Lyon, do empresário americano John Textor, foi rebaixada para a segunda divisão do campeonato nacional. A sentença foi tomada pela Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP), organizadora do Campeonato Francês, nesta terça-feira (24/6), por questões financeiras críticas enfrentadas pelo clube durante a temporada. Os 'Les Gones' ainda poderão recorrer.
Em novembro de 2024, Textor já havia recebido um rebaixamento provisório para o ano seguinte, em 2025/2026. Na época, o Lyon também sofreu um transfer ban, sem poder fazer novas contratações para reforçar o elenco na janela de transferências de janeiro. Em dezembro, a dívida tinha aumentado de 458 milhões de euros para cerca de 508 milhões (3,2 bilhões de reais na cotação atual).
Na avaliação da DNCG desta terça, foi entendido que o clube francês não terá condições para arcar com as pendências financeiras na próxima temporada europeia, iniciada em agosto. Mesmo com o rebaixamento anunciado no ano passado, a decisão precisava ser confirmada pelo órgão esportivo, que escutou os argumentos e defesas do Lyon, representado pelo próprio John Textor, dono da SAF do Botafogo, e pelo diretor Mickael Gerlinger, segundo o jornal francês L’Equipe.
O Lyon encerrou 2024 em sexto lugar do Campeonato Francês, colocação que garante a vaga para a Liga Europa, porém o objetivo do empresário americano era classificação para a Champions League, visando melhorar as condições financeiras no torneio de primeiro escalão europeu, o que não ocorreu.
No último domingo (22/6), Textor vendeu a parte dele no Crystal Palace para Woody Johnson, dono do New York Jets, time da NFL. A transação foi avaliada em 190 milhões de libras (R$1,4 bilhão). Outra venda milionária foi a do ponta-direita Luiz Henrique, ex-Botafogo, para o Zenit, a maior do grupo Eagle, por 35 milhões de euros.
A DNCG esperava, pelo menos, uma garantia de 100 milhões de euros dos dirigentes para a atual temporada. Antes do martelo ser batido, Textor demonstrou segurança de que reverteria a situação. “Todos sabem por quanto vendemos o Crystal Palace. Esse dinheiro está investido na Eagle. Obviamente, gostamos de usá-lo para pagar nossas dívidas. Também gostaríamos de disponibilizar parte dele para a empresa”, afirmou antes da decisão do rebaixamento.
“A Uefa nos pediu para investir uma quantia na empresa para garantir nossa sustentabilidade e tranquilizá-los. Atendemos ao pedido e fornecemos essa quantia. E esta é a apresentação que fizemos à DCG’, afirmou antes da decisão do rebaixamento”, finalizou.
*Estagiária sob a supervisão de Danilo Queiroz
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