
O Autódromo Nacional de Monza, conhecido como o "templo da velocidade", é marcado pelas suas longas retas e corridas eletrizantes. No entanto, a alta velocidade também o tornou um cenário de acidentes fatais.
As mortes de Jochen Rindt, Wolfgang von Trips e Ronnie Peterson são os casos da Fórmula 1, lembrados não apenas pela tragédia, mas também pelo legado que esses pilotos deixaram para o esporte.
Jochen Rindt (1942-1970)
O único que ganhou um Campeonato Mundial da história da Fórmula 1 já morto, o austríaco Jochen Rindt perdeu a vida durante o treino para o Grande Prêmio da Itália de 1970. Ele corria pela equipe Lotus, conhecida por seus carros velozes, mas também perigosos. Durante a sessão, o eixo do freio de seu carro falhou, fazendo-o colidir violentamente com o guard-rail (grade de proteção) na aproximação da curva Parabolica.
O impacto foi fatal. Jochen, que não usava as alças da virilha do cinto de segurança para poder sair do carro mais rápido em caso de incêndio, escorregou e foi fatalmente ferido pelo próprio cinto. Ele venceu o campeonato, mesmo após a morte, pois seu principal concorrente, Jacky Ickx, não alcançou a pontuação necessária nas corridas restantes da temporada.
Wolfgang von Trips (1928-1961)
O alemão Wolfgang von Trips, apelidado de "Taffy", era um dos pilotos mais populares de sua época e liderava o campeonato de 1961 a bordo da Ferrari. Durante a segunda volta do GP da Itália, ele se chocou com a Lotus de Jim Clark na longa reta que antecede a Parabolica. A colisão fez com que seu carro decolasse e atingisse uma cerca, onde 15 espectadores estavam aglomerados, todos morreram.
- Leia também: A morte que mudou a segurança na F1
Von Trips foi arremessado para fora do carro e morreu instantaneamente. Foi uma das piores tragédias da história da Fórmula 1. Apesar de sua morte, ele permaneceu em segundo lugar na classificação final do campeonato, perdendo o título por apenas um ponto para seu companheiro de equipe Phil Hill.
Ronnie Peterson (1944-1978)
Apelidado de "Superswede", o carismático piloto sueco Ronnie Peterson era o companheiro de equipe de Mario Andretti na Lotus em 1978 e lutava pelo título mundial. Em um caótico início de corrida, ele se envolveu em um engavetamento na primeira curva. Seu carro pegou fogo, mas ele foi resgatado por outros pilotos com apenas queimaduras leves. No entanto, suas pernas sofreram mais de 27 fraturas.
- Leia também: 31 anos sem Ayrton Senna: seu legado segue vivo
Levado ao hospital, Peterson passou por uma cirurgia para estabilizar os ossos, mas infelizmente desenvolveu uma embolia gordurosa durante a noite. Ele morreu na manhã seguinte. Seu companheiro Mario Andretti conquistou o campeonato na corrida, e Peterson ficou com o segundo lugar na classificação de pilotos de 1978.
Outras mortes em Monza
Monza, por ser um circuito com alta velocidade, infelizmente foi palco de diversas outras mortes ao longo da história. A alta velocidade e a falta de segurança nos primórdios do esporte cobravam um alto preço. A lista abaixo inclui outras vítimas, pilotos de outras categorias que perderam suas vidas no Autódromo Nacional de Monza:
- Gregor Kuhn
- Ugo Sivocci
- Luís Zborowski
- Luís Galli
- Potito Franciosa
- Emilio Materassi
- Luís Arcangeli
- Bacon com Borzacchini
- Giuseppe Campari
- Stanisaw Czaykowski
- Aldo Marazza
- Ignazio Radice Fossati
- Giovanni Moretti
- Rupert Hollaus
- Ron Searles
- Nino Crivellari
- Alfredo Tinazzo
- Adolfo Covi
- Glicério Barbolini
- Franco Tirri
- Marcello De Luca
- Norberto Bagnalasta
- Tommy Spychiger
- Roberto Parodi
- Attilio Zuppini
- Boley Pittard
- Achille Rossi
- David Bartropp
- Renzo Pasolini
- Jarno Saarinen
- Renzo Colombini
- Renato Galtrucco
- Carlos Chiônio
- Sílvio Moser
- Mauro Ceccoli
- Wilmer Marsigli
- Domenico Cirrit
- Michael Paquay
- Marco Burnelli
Além dos pilotos, dois acidentes ocasionaram mortes de espectadores:
- Acidente de Emilio Materassi - 20 mortes
- Acidente de Wolfgang von Trips - 15 mortes
Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca
Esportes
Esportes
Esportes