
A Seleção Brasileira sequer precisava vencer a partida contra a Sérvia, na madrugada desta quinta-feira (18/9), para confirmar a classificação às oitavas de final do Mundial de Vôlei masculino nas Filipinas. Arrematar um set era suficiente. Porém, nem isso a equipe comandada por Bernardinho e amargou a primeira derrota na competição, por 3 sets a 0 (parciais de 22/25, 20/25 e 22/25)
Foi um início de manhã difícil para a Seleção Brasileira. Horas antes da partida, o técnico Bernardinho foi informado da morte da mãe, Maria Ângela Rezende. Nos instantes prévios à partida, o dono da prancheta verde-amarela não conteve a emoção e chorou.
"Além da derrota, ainda tem esse motivo. Todos queríamos essa vitória para a mãe dele. Ele nos agradeceu pelo empenho. O sentimento de geral é de tristeza. Nem acho que fizemos uma partida ruim, eles foram melhores. Tivemos um pouco de falta de sorte em alguns momentos. Foi um acúmulo de coisas", comentou o ponteiro Lucarelli, ao SporTV.
O oposto sérvio Luburic foi o principal pontuador da partida, com 19, seguido pelo ponteiro Peric (15). Pelo Brasil, Darlan foi a principal via ofensiva, com 10 bolas no chão.
"Acima de tudo, a partida que eles fizeram foi impressionante. Não os vimos jogar dessa maneira na temporada. Perdemos diversas oportunidades, tivemos oportunidade de contra-atacar e concluir e não aproveitamos. Não conseguimos botar o nosso ritmo, como foi contra a República Tcheca", analisou o levantador Fernando Cachopa.
A derrota para a Sérvia não elimina o Brasil, mas deixa jogadores e comissão técnica atentos ao desfecho do duelo entre China e República Tcheca, às 10h (de Brasília) desta quinta. A Seleção só pode avançar com a segunda colocação e, portanto, torce por qualquer placar dos chineses. Triunfo por 3 sets a 0 dos tchecos despacha os brasileiros. Placar de 3 a 1 para os europeus aciona o saldo de pontos (confira todos os cenários ao fim da matéria).
Irã, Egito, Tunísia e Filipinas são os possíveis adversários do Brasil em caso de classificação à próxima fase. O cruzamento das oitavas de final do Mundial está parcialmente formado. No sábado (20/9), Turquia e Holanda se enfrentam, de olho no confronto entre Polônia e Canadá. Na segunda-feira (22), os Estados Unidos duelam contra a Eslovênia, e a Bulgária pega Portugal.
O encontro pela fase de grupos foi o segundo entre Brasil e Sérvia em Mundiais. Em 2018, a companhia verde-amarela bateu os sérvios por 3 sets a 0 em Turim, na Itália.
Era esperado que o primeiro set fosse de extrema dificuldade para a Seleção Brasileira. O saque foi o fundamento mais explorado pela Sérvia. A equipe comandada por Bernardinho contou com alguns erros adversários, teve possibilidade contra-atacar, mas se atrapalhou em defesas. Embora os europeus demonstrassem mais conforto em quadra, o início do confronto não teve grande vantagem no placar. O oposto Alan foi a principal alternativa ofensiva verde-amarela, com sete pontos. Luburic liderou os sérvios, com oito bolas no chão.
A parcial seguinte seguiu com a Sérvia letal no ataque. A impressão era de uma Seleção desconcentrada em alguns momentos. Cientes da desatenção verde-amarela, os sérvios adquiriram confiança para rodar bem a bola e seguir bem. O oposto Luburic se soltou ainda mais em quadra, reforçou o desejo de protagonismo ao colocar quatro de vantagem, com 12 x 8. Faltava do time de Bernardinho mais atitude, como em saques forçados. Era uma manhã daquelas nas Filipinas em que nada parecia funcionar, nem mesmo o bloqueio triplo. A entrada do levantador Matheus Brasília deu mais dinâmica e melhor distribuição. A equipe chegou a ensaiar uma reação, mas os europeus não baixaram a guarda.
O jogo que era teoricamente tranquilo devido ao privilégio de poder vencer apenas um set se transformou em um drama. Lucarelli inaugurou o placar do terceiro set, mas a Sérvia virou para 3 x 1 e forçou pausa instantânea de Bernardinho. A conversa não surtiu tanto efeito. A insistência em Cachopa como levantador influenciou. Matheus Brasília era a melhor escolha para injetar ânimo e colaborar em saques potentes e reforçar no bloqueio quando o marcador apontava 16 x 12 para os sérvios. Quando o Brasil esboçava retornar à partida, o técnico Gheorghe Cretu esfriava com parada.
Os cenários para a classificação
República Tcheca 3 x 0 China - Brasil eliminado
República Tcheca 3 x 1 - Dependerá da diferença de pontos
República Tcheca 3 x 2 China - Brasil classifica
Qualquer vitória da China - Brasil classifica
A campanha até aqui
1ª rodada
Brasil 3 x 1 China
19/25, 25/23, 25/22 e 25/21
2ª rodada
Brasil 3 x 0 República Tcheca
25/11, 25/22 e 25/18
3ª rodada
Brasil 0 x 3 Sérvia
22/25, 20/25 e 22/25
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