Justiça

A vida como ela é na cadeia em Tremembé: Robinho conta em vídeo

Condenado por estupro coletivo pela Justiça italiana, Robinho diz em vídeo gravado pelo pelo Conselho Comunidade de Taubaté que não tem privilégios na penitenciária do interior de São Paulo

Preso na Penitenciária 2 de Tremenbé, em São Paulo, o ex-atacante Robinho, de 41 anos, contou em um vídeo publicado nesta terça-feira pelo Conselho Comunidade de Taubaté, uma entidade sem fins lucrativos criada pela juíza Sueli Zeraik com o objetivo de apoiar o Poder Judiciário, como tem sido a rotina na cadeia.

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Robinho foi condenado a nove de prisão por estupro coletivo em Milão, na Itália, e cumpre a pena desde março de 2024.O Supremo Tribunal de Justiça homologou a decisão italiana em 2024.

"Nunca tive nenhum tipo de benefício. As visitas são aos sábados ou domingos. Quando minha esposa não vem sozinha, vem com meus filhos. O mais velho joga e os dois mais novos podem vir. A visita é igual e o tratamento é igual para todo mundo", conta no vídeo.

"As mentiras que tem saído, de que sou liderança, que eu tenho problema psicológico. Nunca tive isso, nunca tive que tomar remédio, graças a Deus. Apesar da dificuldade que é estar numa penitenciária, normal, mas graças a Deus sempre tive uma cabeça boa e estou fazendo tudo aquilo que todos os reeducandos também podem fazer", acrescenta no vídeo.

No depoimento, o jogador revelado pelo Santos com passagem por Real Madrid, Manchester City, Milan, Atlético-MG e Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2006 e de 2010 nega ter privilégios. Muito menos tratamento diferente dos outros detentos.

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"A alimentação, o horário que durmo, é tudo igual aos outros reeducandos. Nunca comi nenhuma comida diferente, nunca tive nenhum tratamento diferente. Na hora do meu trabalho, faço tudo aqui que todos os outros reeducandos também são possíveis de fazer. Quando a gente quer jogar um futebol, é liberado quando não tem trabalho no dia de domingo", relada o ex-atacante.

"Aqui o objetivo é reeducar, ressocializar aqueles que cometeram erro. Nunca tive nenhum tipo de liderança aqui, nenhum lugar. Aqui quem manda são os guardas, como falei para senhora, e nós, reeducandos, só obedecemos", responde no vídeo.

Robinho foi condenado em três instâncias da Justiça italiana pelo estupro em grupo de uma mulher albanesa. A decisão final da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, foi tomada em janeiro de 2022. À época, ele havia retornado ao Brasil.

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O Ministério da Justiça da Itália pediu a extradição de Robinho. O Governo do Brasil negou. Acionado pelo país europeu, o STJ homologou a decisão em 2024 por 9 votos 2 e terminou o cumprimento da pena imediantamente, em regime fechado. A defesa do ex-jogador tem insistindo na tentativa de recursos pedindo a liberação do cliente. A última tentativa foi negada pelo STF por 9 x 2.

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