VÔLEI

Destaque no bloqueio, Lívia é trunfo do Brasília contra o Minas

Central de 22 anos de 1,87m de altura é o quinto maior paredão da Superliga 2025/2026 e tem desafio à altura contra a trupe mineira nesta terça-feira (18/11)

A sequência pesada do Brasília Vôlei na Superliga Feminina terá mais um capítulo na noite desta terça-feira (18/11). Depois de perder para o Flamengo, fora de casa, a equipe de Spencer Lee terá mais uma pedreira pela frente. Em casa pela segunda vez no torneio, no Sesi Taguatinga Norte, as brasilienses ousam quebrar a invencibilidade do badalado Minas, às 18h30. Os ingressos para a partida estão esgotados.

Embora ainda não tenha engrenado na principal competição nacional, o Brasília aposta na eficiência da central Lívia para se recuperar da sequência de uma vitória e quatro derrotas neste início de temporada. A atleta de 22 anos de 1,87m de altura está entre as cinco melhores bloqueadoras da competição, com 16 pontos no fundamento.

Lívia nasceu no Rio de Janeiro, mas está no Brasília Vôlei desde o ano passado. Aprimorou-se e, não à toa, aparece atrás apenas de feras no meio de rede. Pilar do Fluminense, Lara puxa a fila com 22 pontos no quesito, mesmo número de intervenções do talentosa nascido em Brasília, mas a serviço do Minas, Júlia Kudiess, medalhista de bronze na Olimpíada de Paris-2024. Ouro em Londres-2012, Adenízia tem 18, um a mais do que Luzia do Paulistano Barueri.

A maturação de Lívia no Brasília possibilita a construção de uma carreira na Seleção Brasileira. Aos 22 anos, tem como uma das principais conquistas da carreira o título no Jogos Pan-Americanos Júnior, em Assunção, em agosto. "Fui para a cidade na temporada passada e tive a oportunidade de jogar. A comissão toda me apoiou muito bem, os diretores. Então, eu pude aparecer e pude melhorar. Espero jogar bem em todos os jogos e classificar o Brasília às oitavas, quem sabe", discursou ao Correio após a glória no Paraguai. Mas nem só de bloqueios vive Lívia. A central também ostenta a marca de 30 pontos de ataque.

Oposta da geração de 2003, Gabi Carneiro também fez parte da campanha dourada do Brasil na versão júnior do Pan. Paranaense de Londrina, Gabi defende o Brasília desde maio e participou ativamente em quadro dos cinco jogos do Brasil no torneio, com 21 pontos somados. Nesta temporada, a camisa 13 acumula 44 bolas no chão de jogadas de ataque e três de bloqueio. Ela é a quarta principal arma ofensiva da equipe do Distrito Federal após cinco partidas, atrás apenas das ponteiras Karen (71), Manu (59) e Duda (54).

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O retrospecto recente aponta para ampla vantagem do Minas contra o Brasília, com 13 vitórias e uma derrota. O triunfo mais recente da trupe mineira foi na abertura da Copa Brasil, do qual a companhia de Belo Horizonte foi convidada, por 3 sets a 2

O Minas é um dos clubes que apostam na importação de treinadores. O dono da prancheta nesta temporada é o italiano Lorenzo Pintus, substituto do compatriota Nicola Negro, mento por trás dos três títulos e de um vice nas últimas cinco temporadas.

A levantadora polonesa Julia Nowicka, a ponteira canadense Hilary Howe e a oposta russa Maria Khaletskaya são as estrangeiras com primeira passagem pelo vôlei brasileiro. Entre as veteranas do grupo, destaca-se a bicampeã olímpica em Pequim-2008 e Londres-2012, Thaisa, a líbero Nyeme, bronze em Paris-2024, e a central Pri Daroit, na sexta temporada consecutiva pelo clube.

*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini

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