IDEB

Anos iniciais do Ensino Fundamental têm menor avanço desde 2005

Entre os estados, nove conseguiram alcançar um Ideb maior ou igual a 6,0. Ceará, Alagoas e Piauí apresentaram os maiores crescimento no comparativo dos anos

Renata Rios
postado em 15/09/2020 12:18 / atualizado em 15/09/2020 14:54
 (crédito: Bruno Peres/CB/D.A Press)
(crédito: Bruno Peres/CB/D.A Press)

O resultado nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado nesta terça-feira (15/09), mostrou mais uma vez a realidade da educação no país. A coletiva, com participação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, trouxe dados do desempenho de estados, municípios e União em relação à educação. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o Brasil ficou 0,2 pontos acima da meta, com o resultado de 5,9.

No ano de 2017, o país teve resultado de 5,8, o que aponta um crescimento de apenas 0,1. Antes, o menor aumento registrado foi de 2011 para 2013, quando o índice passou de 5,0 para 5,2. O resultado apresentado é melhor que nos anos anteriores, mas apresenta uma diminuição no avanço, se comparado aos progresso que o país estava apresentando. “O primeiro Ideb do Brasil teve resultado de 3,7”, pontua o diretor de Estatísticas Educacionais, Carlos Moreno. Ele destaca que, ao analisar a evolução: “Temos a grata notícia que há uma clara melhoria ao longo dos anos”.

Na coletiva se destacou a importância de se avaliar cada cenário do país e atender as demandas que cada um tem para atingir bons resultados. “A combinação dos esforços de estados e municípios levaria o Brasil a atingir a meta. Mas cada estado tem a própria meta”, diz Moreno. “As metas são diferentes, depende do estágio educacional que cada rede estava em 2005”, explica o diretor.

Resultados 

Entre os estados, nove conseguiram alcançar um Ideb maior ou igual a 6,0. São eles: São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Apesar das notas acima da Meta Nacional, tanto o DF quanto o Rio Grande do Sul não bateram a média planejada. Na capital, o resultado foi 6,5, mas a meta era 6,6; no Rio Grande do Sul, a nota apresentada foi 6,0 e a meta prevista era 6,1. 

Os resultados mais baixos ficaram com o Norte do país. Tanto o Pará quanto o Amapá obtiveram 4,9 no Ideb. Apesar do desempenho, o Pará conseguiu ficar acima da meta estipulada para o estado, de 4,7. Já em relação ao Amapá, a meta esperada para este ano era de 5,2, deixando o estado 0,3 abaixo.

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