ENEM DOS CONCURSOS

MPF pede anulação de quatro questões das provas do CNU

Segundo o MPF, há indícios de erros nas questões 33, 35, 37 e 39 (números de referência no Gabarito 1)

Raphaela Peixoto
postado em 13/12/2024 11:51 / atualizado em 13/12/2024 13:54
Conforme divulgado pelo MPF, um parecer elaborado por um especialista indicou erros nas questões -  (crédito: Divulgação/INEP)
Conforme divulgado pelo MPF, um parecer elaborado por um especialista indicou erros nas questões - (crédito: Divulgação/INEP)

Em uma ação civil pública, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a anulação de questões das provas objetivas do bloco 4 do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Segundo o MPF, há indícios de erros nas questões 33, 35, 37 e 39 (números de referência no Gabarito 1).

Conforme divulgado pelo MPF, um parecer elaborado por um especialista indicou que a alternativa 33 não tinha nenhuma alternativa que possa ser considerada correta. Já nos demais itens havia mais de uma resposta correta entre as opções apresentadas nas provas.

"Diante dos erros encontrados, a ação pede que a União e a Cesgranrio, banca organizadora do certame, anulem as questões ou suspendam as etapas seguintes do CNU no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de pelo menos R$ 20 mil, até que haja decisão definitiva sobre a anulação das questões", aponta o MPF.

De acordo com o procurador da República Fabrício Caser, que assina a ação, a medida tem o intuito de “resguardar o interesse coletivo dos milhares de examinandos que tiveram seus anseios profissionais prejudicados, ou ao menos adiados, em virtude da manutenção de questões cujos enunciados, evidentemente, fogem à clareza e à objetividade necessárias em quaisquer seleções públicas”.

Com a anulação, o MPF solicita que a pontuação correspondente a essas questões seja atribuída a todos os candidatos, o que requer uma atualização na lista de classificados para as fases seguintes do concurso.

Ao Correio, o MGI afirmou que está acompanhando e monitorando a ação do MPF e que mantém o compromisso com a transparência e a segurança jurídica do certame. A pasta ainda assegurou que "as etapas do concurso seguem até o momento sem alterações, conforme previsto no cronograma". Já a Cesgranrio, disse que as demandas de imprensa são concentradas ao MGI. 

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