O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou uma homenagem emocionada, nesta quinta-feira (17/7), aos três estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA) mortos em um grave acidente na BR-153, em Goiás, quando viajavam para participar do 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune). O evento acontece no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, na Universidade Federal de Goiás (UFG).
Antes de subir ao palco principal, o petista se reuniu reservadamente com estudantes sobreviventes do acidente, oferecendo solidariedade pessoal à delegação paraense. Ele também colocou à disposição a Força Nacional do SUS para apoiar os feridos. A colisão, que envolveu dois ônibus e um caminhão, deixou cinco mortos, uma pessoa em estado gravíssimo e dezenas de feridos.
Durante seu discurso, Lula pediu um minuto de aplausos em homenagem aos três estudantes da UFPA. “Eles estavam vindo para ouvir esse discurso e sonhar junto com a juventude brasileira. Não podemos deixá-los de fora desta história”, afirmou o presidente, visivelmente comovido.
O ato contou com a presença de ministros como Camilo Santana (Educação), Alexandre Padilha (Saúde) e Márcio Macedo (Secretaria-Geral), além do novo presidente do PT, Edinho Silva, do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Apesar do tom de união, o congresso acontece em um reduto politicamente adverso ao presidente. Goiás é governado por Ronaldo Caiado (União Brasil), nome da direita que desponta como possível presidenciável em 2026. A entrada do evento foi marcada por uma breve confusão entre estudantes e um apoiador de Jair Bolsonaro (PL), que vestia uma camisa com o rosto do ex-líder. A discussão foi contida pela polícia.
Durante os discursos, estudantes entoaram gritos por políticas públicas, como a ampliação do restaurante universitário ("Lula, a juventude quer almoçar") e o fim da escala de trabalho 6x1. Também pediram que não haja anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e criticaram mudanças no licenciamento ambiental.
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