No emprego temporário, há uma data de validade. Ou seja, o empregador tem uma relação com o profissional por um tempo definido. Atualmente, pela legislação, a duração desse formato é de, no máximo, 270 dias. Mas o mais comum é de um acordo durar de dois dias a duas semanas. A principal diferença entre a vaga temporária e a fixa é o contrato. No primeiro, há um prazo definido e no segundo, não. Mas há chance de efetivação ao final do contrato. Confira dicas do que fazer para garantir uma colocação de curta duração.
De acordo com Rogerio Bragherolli, economista especialista em empregabilidade e capital humano, é preciso ter competências especiais como flexibilidade, boa comunicação, proatividade e conhecimentos digitais. Essas habilidades vão colaborar para a conquista de uma vaga. Além disso, é necessário estar atento às mídias sociais, às Centrais de Atendimento ao Trabalhador, às empresas de contratação e investir em networking.
Grande procura
A busca é muito grande pelo serviço temporário, porque, além de serem muitas vagas, a modalidade não cria vínculos com o empregado, o que facilita para os empregadores. Esse fator infla a vontade das empresas de optarem por esse modelo. O economista diz que a tendência aumenta, principalmente, no segundo semestre deste ano, época de sazonalidade, na qual as vagas de emprego tendem a crescer. Algumas das datas que mais carecem de funcionários são o Dia das Crianças, a Black Friday, o Natal e o ano -novo.
O economista afirma que o emprego temporário deve ser feito por uma empresa terceirizada. É ela que terá o contato com a empresa final que receberá o serviço e intermediará a relação entre empregador e empregado. Rogerio pontua que o trabalhador temporário pode chegar a ter quase todos os direitos que um fixo. Alguns deles são: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pensão por doença, entre outros. Mas há os deveres também. Esse trabalhador precisa respeitar as leis trabalhistas. Inclusive, se ele pedir demissão, perderá parte desses direitos.
Segundo a diretora da Associação Brasileira de Trabalho Temporário (Assertem), Mara Bonafé, o índice de efetivação será de 22% em 2021. Com quatro pontos percentuais de vantagem em relação a 2020 (18%). "As pessoas devem buscar essas vagas por meio dos sites de agências de emprego temporário", afirma. A diretora explica que não há outra maneira de ocorrer a contratação temporária, a não ser que seja pela intermediação de uma agência, autorizada pelo Ministério do Trabalho. Ela ressalta que a oportunidade, por ser de curto período, pode beneficiar as grávidas, que costumam conseguir emprego nesse período por essa modalidade.
No Distrito Federal, apenas o comério fez projeção das vagas: 1.800. A indústria e o setor de serviços não têm pevisão da quantidade de postos que serão abertos em outubro, novembro e dezembro.
Como conseguir uma vaga temporária
Por Cláudia Danienne, diretora executiva da Degoothi Consulting
Esteja atento às demandas ligadas ao mercado profissional.
» Principalmente como o varejo e serviços. Leia na web, procure no jornal, em sites de emprego, se informe nas lojas ao visitar alguma como cliente, entre em sites sérios de empresas de contratação de temporários, informe de seu interesse em sua rede de relacionamentos.
» Preste atenção na seriedade e integridade do contratante para não cair em armadilhas.
» Não pague nada como taxa de inscrição para vagas de trabalho; não forneça senhas e dados pessoais visando um emprego. E, claro, pense muito no que você gosta de fazer. Isto será o seu diferencial profissional perante os outros. Não basta saber fazer, tem que encantar o empregador com seu desempenho profissional.
» Analise como você é e busque ouvir também a opinião de pessoas que lhe conhecem. Você tem facilidade para se relacionar com o público? Ou prefere ficar nos bastidores e planejar e organizar algo sem se expor? Se considera uma boa ouvinte? É competitiva com metas? Precisa de autonomia ou maior supervisão para desempenhar uma tarefa?
» Liste três características que você tem com desenvoltura e três que tem consciência que precisa aperfeiçoar.
» Dessa forma, você poderá trabalhar as suas forças e treinar as fraquezas. Essa lucidez em uma entrevista,
atrelada ao desejo de trabalhar e fazer o seu melhor, é essencial.
» Ter um currículo objetivo com suas experiências anteriores se já tiver tido alguma.
» Caso não tenha nenhuma, pense se você faz alguma atividade social, por exemplo: organiza eventos sociais beneficentes para a comunidade, é responsável pelo jornal da universidade ou participa de alguma atividade voluntária como Organização de Não Governamental de proteção animal.
» Aponte suas expectativas e demonstre garra na entrevista.
» É essencial demonstrar compromisso e vontade de aprender e superar as metas com o seu desempenho, sendo um grande colaborador da marca empregadora. É importante também, ter esperanças de sair do temporário para um emprego fixo ligado à indústria, transportes, serviços públicos e construção.
Vantagens do trabalho
Uma Empresa de Trabalho Temporário tem um banco de candidatos em que seleciona, disponibiliza e distribui os profissionais de acordo com cada demanda pontual solicitada. Cláudia Danienne, diretora executiva da Degoothi Consulting ,explica que esses trabalhadores ficam disponíveis por um período contratual inicial de 180 dias corridos, podendo ser renovados por mais 90.
Dos direitos trabalhistas, o empregado temporário não recebe, como previsto em lei, a multa rescisória de 40% sobre o FGTSem caso de demissão sem justa causa. As principais diferenças entre os regimes de contratação estão no tempo de contrato de trabalho, no número de horas e no cálculo de horas trabalhadas. Além disso, para o contrato temporário, não há previsão de pagamento de aviso prévio , por exemplo.
Saiba Mais
Há uma expectativa de que 565 mil vagas sejam abertas no país, segundo a especialista, impulsionadas pelas datas comemorativas e pela Black Friday. Conforme pesquisa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Assertem), haverá um crescimento de 20% em relação ao ano passado no mesmo período, o último trimestre de 2021.
O otimismo se deve,principalmente, ao percentual da população totalmente vacinada ter ultrapassado 40%. “As pessoas já estão saindo mais para shoppings e lojas de rua. Além disso, é claro, há um incremento no e-commerce desde o início da pandemia”, afirma.
Cláudia alerta para a manutenção dos cuidados, a fim de evitar o contágio de covid-19. Mesmo para quem se imunizou com as duas doses da vacina, ou dose única, é fundamental seguir os protocolos, como evitar aglomeração nas lojas, manter o distanciamento físico, usar álcool em gel nas mãos, lavá-las, sempre usar a máscara.
A flexibilização, isto é, o emprego temporário, permite uma maior inclusão , e isso é positivo, segundo avaliação da psicóloga organizacional. Com o desemprego que assola o Brasil, a oportunidade de ter uma atividade temporária “acalenta”, mas é preciso deixar ser guiado para um novo pensar.
“Percebo que pode ser um horizonte de esperança, porém não deve ser percebido como alternativa exclusiva”, garante. Cláudia afirma que ter uma oportunidade curta pode ser um primeiro degrau para uma qualificação e capacitação para novas frentes, tal como construir gradativamente uma carreira.
Conseguir um emprego temporário, em tese, é mais fácil do que conquistar uma colocação no mercado de trabalho formal. Mas essa curta experiência pode servir de base para que um candidato alcance novos e melhores empregos. (ALA)
A Lei 13.467, de 2017, mudou as regras relativas à remuneração, plano de carreira e jornada de trabalho. A norma foi aprovada para flexibilizar o mercado de trabalho e simplificar as relações entre trabalhadores e empregadores.
O que diz a legislação
A contratação de empregados temporários deve seguir o disposto na legislação específica (Lei 6.019/74 e Decreto 10.060/2019) e garantir ao temporário os direitos descritos abaixo:
» Quando contratado, o trabalhador temporário deve receber a remuneração equivalente àquela recebida pelos empregados da mesma categoria da empresa Utilizadora. Além disso, o pagamento de férias deve ser proporcional;
» A jornada de trabalho deve ser no máximo 8 horas diárias, podendo ter duração superior a 8 horas caso a empresa Utilizadora adote uma jornada de trabalho específica;
» Recebimento de férias proporcionais ao período de trabalho acrescido de adicional de 1/3;
» Descanso semanal remunerado;
» Adicional por trabalho noturno de no mínimo 20% em relação ao diurno, além da jornada reduzida;
» Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma prevista em lei;
» O trabalhador temporário tem o direito também, ao seguro contra acidente que possa vir ocorrer durante o trabalho;
» Proteção previdenciária nos termos da legislação.
- Anotação do contrato de trabalho temporário em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e todos os direitos remuneratórios previstos em normas coletivas dos empregados da empresa Utilizadora, eis que pertencem à mesma categoria
A Lei nº 6.019/74 assegura ao trabalhador temporário indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 avos do último salário percebido, por mês ou fração igual ou superior a 15 dias trabalhados. Entretanto entende-se que essa indenização foi substituída pelo direito ao FGTS, nos termos da Lei nº 8.036/90 e do Regulamento do FGTS, aprovado pelo Decreto nº 99.684/90.
Fonte: Jurídico da empresa Preventivo Employer
Mais barato para o empregador
As vagas temporárias podem ser consideradas, hoje, uma tendência do mercado, de acordo com o economista Rogerio Bragherolli. O convencional de vaga fixa, assinatura em carteira, deve perder relevância no futuro para vagas temporárias, pessoas autônomas.
Esse é um tipo de trabalho mais flexível e, algumas vezes, mais barato para o empregador, porque não envolve comprometimento, diminuindo o passivo trabalhista. “Daqui para frente, podem, sim, existir mais vagas temporárias, entendendo isso como uma nova tendência do mercado de trabalho”, afirma Rogerio.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido Freire, aponta que 1.800 vagas temporárias abrirão no fim deste ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio. A estimativa é de que 30%, ou mais, desses funcionários sejam contratados definitivamente. Segundo ele, as vagas que vêm sendo preenchidas estão, na verdade, sendo retomadas, porque estavam bloqueadas.
“O comércio evolui de acordo com os decretos que foram feitos e a evolução da vacinação. O Distrito Federal está quase que normal em relação ao funcionamento, 50% do setor de eventos está liberado. O horário de funcionamento também voltou ao normal. Então, tudo isso colabora para que o comércio volte ao normal”, conclui.
Trabalho precarizado
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) enxerga o trabalho temporário como excepcional. Ari Aloraldo do Nascimento, secretário nacional de Relações doTrabalho da CUT, admite que essas vagas surgem mais no fim do ano em razão da demanda. Essa contratação é somente para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. No entanto, “o que era para ser uma exceção, virou regra”, mostra
“O governo, não só por causa das reformas aprovadas, mas pelas relações políticas, tem incentivado esse tipo de trabalho”, avalia. De acordo com Ari, essa modalidade de emprego não é vista como excepcional pelo governo. Para ele, o Estado se aproveita das poucas proteções sociais que um empregado temporário recebe e estimula que esse modelo se torne regra.
Não há muitas garantias, conforme Ari. “É um tipo de trabalho precarizado, na nossa visão, não é um emprego que se preocupa com a dignidade do salário. A intenção do governo é precariza”, arremata. Ele comenta que, antes, havia mais contratações no fim do período temporário. No entanto, isso não ocorre com a mesma frequência hoje.
“O que nós observamos, muitas vezes, é que o trabalhador troca a carteira assinada por um regime de contratação precário. Essas pessoas, às vezes, não têm muito claro para quem estão prestando serviço”, explica. O que é necessário, na avaliação de Ari, é uma política séria de primeiro emprego, que dê conta dos 14 milhões de desempregados.
Diárias de R$ 300
Nyeise Pauline, 29 anos, trabalha com eventos há mais ou menos seis anos. Os profissionais do ramo chamam esse tipo de trabalho de “ação”, e essa ação considerada temporária pode ser por um dia, dois dias, uma semana ou duas semanas. Depende de cada empresa e do trabalho prestado a ela. Segundo a promotora de eventos, há diversos cargos como recepção, degustação, prospecção, e esse último é no que ela está ocupada atualmente.O seu trabalho consiste em captar clientes e vender carros a eles, num feirão que fica na Asa Norte, em Brasília.
A promotora explica que, em Brasília, há muitas empresas de marketing promocional. A partir da base de dados desses locais, que separam os profissionais por perfis (comercial, modelo, recepção), eles chamam os colaboradores para trabalhar nos eventos adequados para cada um.
A jovem é formada em secretariado executivo desde 2015. A partir de
então, sempre sentiu dificuldade em arrumar um emprego fixo. “As propostas que estavam aparecendo, naquela época, estavam no máximo pagando um salário mínimo. Não eram boas. Comecei a ingressar nessa parte de eventos e foi, dessa forma, que fui conhecendo várias agências”, conta.
Por conta de seu trabalho, Nyeise era indicada para outras empresas. O trabalho temporário, pela flexibilidade, demanda menos obrigatoriedade. Por isso, a jovem, em um dia, poderia estar fazendo recepção no Palácio do Planalto e, no outro, trabalhando em uma degustação em um supermercado.
“Como eu sempre trabalhei para agências diferentes, compensava muito. Uma diária pode ficar entre R$ 70 a R$ 300”, relata.
A maioria das agências tem um grupo de promotoras cadastradas. Então, quando surge uma vaga, eles disponibilizam e, alguém que estiver sem nada, se candidata. A empresa, então, encaminha uma foto com o currículo e, nesses casos, segundo Nyeise, a aparência conta bastante, assim como a indicação.
Essas empresas de marketing promocional terceirizam serviços tanto de estrutura quanto de promoção de eventos. Os temporários trabalham por horas. Um evento pode ser de quatro, seis, oito e até 12 horas. “Então, você tem que trabalhar muito bem, ter um perfil muito bom na agência para eles contratarem e indicarem para essas ativ idades”, diz.
“Eu nunca fico sem trabalhar. Mesmo nesta época de pandemia, eu continuei trabalhando bastante”, afirma a secretária executiva. A ocupação compensa para ela por ser algo que gosta. Nyeise tem facilidade em se relacionar com o público.
A promotora de eventos afirma que há muita menina jovem que quer iniciar no ramo por ter trabalhado como modelo. Mas Nyeise revela que não é simples. “Para ingressar nesse mercado, essas jovens precisam ter indicação de alguém que trabalhe há um bom tempo com isso, ou tem que se dedicar bastante e trabalhar muito bem, caso contrário, não conseguirá”, aconselha. (ALA)
Desemprego
“Eu nunca trabalhei com isso antes (contrato temporário)”, afirma Ednaela Evangelista, desempregada desde o início da pandemia. A ex-babá está em busca de uma vaga temporária, mas tem enfrentado dificuldades paral encontrar uma oportunidade.
“Tenho procurado algo ddesde o meio do ano para cá. Procuro vagas como ajudante de supermercado, atendente de lojas. Qualquer coisa”, diz.
A moradora do Areal revela que ficou desempregada porque cuidava de crianças. Quando surgiu o novo coronavírus, as mães ficaram desempregadas, ou o salário diminuía. Por consequência, ela se viu sem saber o que fazer. A sorte é que o marido conseguiu segurar as pontas durante um tempo, mas, com a inflação alta e o aumento do preço dos alimentos, ela precisou procurar emprego.
Ednaela que tem dois filhos, uma de 16 anos e outro, de 9, afirma que “está tudo muito difícil”. “O aluguel aumentou. Meu esposo, sozinho, não está mais dando conta”, diz.
Carteira assinada jamais
Desde os 17 anos, Gisele Rodrighes, 27, faz trabalhos temporários. Ela afirma que é uma maneira rápida e fácil de fazer dinheiro. “Ganha bem mais do que trabalhar horas fichadas, e é rápido. A maioria é de poucas horas”, diz. A família dela também gosta, pois, assim, a jovem passa mais tempo em casa.
Ela trabalhou fixo durante alguns períodos, mas chegava um momento em que pedia para sair e voltava para os trabalhos temporários. O último emprego que teve durou um ano e seis meses e foi com carteira assinada. “Ano passado, não tive empregos temporários em razão do novo coronavírus”, afirma.
Agora, ela relata que o cenário mudou, e os trabalhos temporários têm aparecido mais. Gisele diz que saiu por vontade própria do emprego fixo, porque, além de tomar muito seu tempo, não estava dando para pagar as contas.
Em relação às condições de trabalho, diz ela, a empresa sempre resguarda a saúde do funcionário, não os colocando para pegar muito peso ou nada que possa prejudicá-los fisicamente. Se o trabalho é exposto ao sol, os empregadores precisam fornecer protetor solar, boné e água. “O ruim é que não temos nenhum benefício e nem contribuímos com a Previdência, né?”, lamenta.
Gisele aponta como vantagem a remuneração. "A cada hora é pago um valor. Se o funcionário passar quatro ou seis horas no expediente temporário, ele receberá remuneração diferente. Seu contato é com a empresa de marketing, que a convoca para os serviços, e ela decide se vai ou não. Uma pessoa é terceirizada por uma empresa, e a negociação ocorre de empresa para empresa. O terceirizado — temporário — não tem contato direto com a firma que o contrata”. relata. (ALA)
Três eventos no mesmo dia
“Trabalhei em várias áreas de carteira assinada, mas, atualmente, estou dando preferência para empregos temporários”, afirma Gilian Oliveira, 31 anos, promotor de eventos. O rapaz diz que o formato permite que ele faça dois e, às vezes, três eventos no mesmo dia. Agora, ele ganha mais do que quando era fichado. Com a abertura dos eventos e as festas sendo retomadas, seus rendimentos aumentam cada dia mais.
Gilian morava em Mato Grosso , onde trabalhava em uma empresa de energia. Ao ficar desempregado, veio para Brasília. Depois de entregar alguns currículos, resolveu apostar nas vagas temporárias. O profissional afirma que a última vez que teve carteira assinada foi no final de 2019. Nesse mesmo ano, conseguiu se ocupar e entregou brindes em um shopping. “Foi aí que me deu o despertar de trabalhar nessas promoções e em empregos temporários”, diz.
Natural do Ceará, o promotor de eventos, depois de chegar a Brasília, fez um curso na área no Instituto Federal de Brasília, no câmpus da Asa Norte. Ele conta que se encontrou e que, para voltar para o antigo ramo de energia, a proposta de emprego tem que ser muito boa. “Estão aparecendo muitos eventos temporários, portanto, está compensando bastante”, afirma.
No primeiro final de semana de outubro, Gilian passou a trabalhar em uma ação do Shopping Conjunto Nacional para o Dia das Crianças. Ele conta que essa será a sua terceira ocupação. O promotor já trabalha como cerimonialista em casamentos e em uma clínica de depilação.
Os benefícios dependem de cada função. Gilian diz que, nesse mundo, “vai muito de quem indica”. Se você se destacar, lhe chamam para outro evento, e, pouco a pouco, ganham confiança no seu trabalho.
Seu seguro é o Microempreendedor Individual (MEI), que ele paga todo mês, pois seguro desemprego não há. O promotor esclarece que ações que duram mais de um mês geralmente têm um contrato, mas a grande maioria dura uma semana. “Na maior parte dos casos, a empresa é quem te chama. Se você se destaca, ela já te reserva. Os grupos no WhatsApp de freelancer também ajudam muito. Neste final de ano, muita coisa está aparecendo”, conta. (ALA)
*Sob a supervisão da subeditora Ana Luisa Araujo