Feminicídio

Goiana assassinada pelo ex nos EUA foi morta a facadas

Polícia local entrou em contato com a família de Lídia Lúcia Ferreira Borges para informar detalhes da investigação

Jéssica Gotlib
postado em 07/01/2021 12:25
Bióloga por formação, brasileira morava há dois anos nos EUA e trabalhava em um aplicativo que oferecia serviço de faxina -  (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
Bióloga por formação, brasileira morava há dois anos nos EUA e trabalhava em um aplicativo que oferecia serviço de faxina - (crédito: Reprodução/Redes Sociais)

Investigadores da polícia de São Francisco, nos Estados Unidos, concluíram que a brasileira Lídia Lúcia Ferreira Borges, de 28 anos, foi morta a facadas pelo ex-namorado. A irmã da vítima, Leidy Barbosa, que está na Califórnia e acompanha o desfecho do caso, foi informada pelos policiais que não houve luta corporal. De acordo com depoimento dos familiares ao G1, Lídia foi esfaqueada três vezes no pescoço.

A hipótese explicada à família é de que os dois tiveram uma discussão e Lídia caiu na cama do agressor. Foi esse o momento que ele aproveitou para golpeá-la. Também brasileiro, natural de Goiânia, o ex-namorado foi achado morto no mesmo apartamento. A suspeita é de que ele tenha cometido suicídio logo após o assassinato.

Entenda

O crime ocorreu na véspera de natal. A colega de quarto da vítima chamou a polícia depois que Lídia saiu para trabalhar e não voltou para casa. Nas buscas, o carro da brasileira foi encontrado em frente ao prédio do ex-namorado. Ela tinha terminado o relacionamento há sete meses e, de acordo com a família, o ex nunca apresentou comportamentos violentos.

Apesar disso, a colega de quarto, que preferiu não se identificar, contou ao G1 que chegou a aconselhar Lídia a prestar queixa contra o homem. Isso porque ele desenvolveu uma “obsessão” por ela. Com ligações, aparições surpresa e pedidos insistentes para reatar o namoro, mesmo depois de sucessivas negativas.

Ainda assim, Lídia não considerava necessário chamar a polícia. A mãe da vítima, Leda Barbosa Ferreira, contou que os dois continuaram amigos. “Vou levar essa dor para sempre porque mãe continua sendo mãe, mesmo depois que o filho morre”, lamentou.

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