Criptomoedas

Bitcoin fica abaixo de US$ 30.000 pela 1ª vez em cinco meses

Desde o final de 2020, o bitcoin vem ganhando o interesse de cada vez mais investidores institucionais, como os bancos de Wall Street e grupos industriais como a fabricante de veículos Tesla

Agência France-Presse
postado em 22/06/2021 13:20 / atualizado em 22/06/2021 13:20
 (crédito: JUSTIN TALLIS)
(crédito: JUSTIN TALLIS)

O bitcoin caiu abaixo dos US$ 30.000, nesta terça-feira (22/6), pela primeira vez em cinco meses, afetado pelas medidas na China contra a criptomoeda mais popular do mundo.

Por volta das 12h30 GMT (9h30 em Brasília), o bitcoin perdia 9% de seu valor, a US$ 29.624, alcançando seu nível mais baixo desde janeiro.

A volátil criptomoeda segue para uma alta de 2,2% desde o início do ano, mas sua cotação atual é 54%, seu máximo histórico, alcançado em meados de abril (US$ 64.870).

"As preocupações com as medidas de ajuste do governo chinês e o medo que a aceitação do bitcoin e de outras criptomoedas chegue com atraso por seu impacto no meio ambiente estão pesando no mercado", disse Fawad Razaqzada, analista da ThinkMarkets.

O governo chinês está fazendo uma campanha para conter a indústria de mineração de bitcoins, que é como esse mercado denomina os computadores que fazem a criptomoeda funcionar, descentralizada, aprovando as transações e criando novas unidades.

Segundo ex-produtores de criptomoedas, os fornecedores de energia na província chinesa de Sichuan receberam a ordem de interromper o fornecimento de eletricidade para essas empresas até domingo (27/6).

"Esta posição é um novo golpe duro para o mercado", afirmou Timo Emden, analista especializado em criptomoedas.

"A importância da China para a indústria é, agora, suscetível de diminuir rapidamente", completou.

A primeira criptomoeda começou o ano, porém, no acelerador.

Desde o final de 2020, o bitcoin vem ganhando o interesse de cada vez mais investidores institucionais, como os bancos de Wall Street e grupos industriais como a fabricante de veículos Tesla.

Além disso, alguns investidores individuais veem a criptomoeda como um bom meio de aplicar parte de suas economias feitas durante a pandemia.

Com isso, o mercado de criptomoedas - cujo maior ativo ainda é, de longe, o bitcoin - cresceu a até quase US$ 2,5 trilhões em meados de maio.

Desde então, contudo, as medidas do governo chinês e as críticas que tem despertado pelo enorme uso de energia elétrica por parte de sua rede fizeram a criptomoeda perder popularidade.

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