vulnerabilidade

Biden discute ciberataques com CEOs de gigantes tecnológicos

A reunião servirá para identificar as brechas, pelas quais os hackers invadem o sistema, e analisar como tornar equipamentos e softwares mais resistentes e impermeáveis a estas ameaças

Agência France-Presse
postado em 25/08/2021 09:53 / atualizado em 25/08/2021 09:54
 (crédito: Anna Moneymaker / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
(crédito: Anna Moneymaker / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

O presidente americano, Joe Biden, parte de sua equipe e CEOs de várias empresas se reúnem nesta quarta-feira (25/8) para tratar de cibersegurança, após uma onda de ataques cibernéticos que expôs a vulnerabilidade de muitas infraestruturas.

Na reunião, a ser realizada na Casa Branca, estarão líderes de Google, Apple, Amazon e Microsoft, presidentes de grandes grupos empresariais, bancos, seguradoras e serviços essenciais (como água e energia elétrica), informou um funcionário de alto escalão do governo.

Nos últimos meses, companhias e organizações - entre elas, a operadora americana de oleodutos Colonial Pipeline, a gigante brasileira de proteína animal e de alimentos JBS, o sistema informático do serviço público de saúde da Irlanda e a companhia aérea Air India - sofreram com o roubo de dados e ciberextorsão. Estes ataques vêm-se tornando cada vez mais comuns.

"Haverá anúncios concretos", prometeu Biden, em coletiva de imprensa na terça-feira (24/8).

Segundo ele, esses recentes ataques "criaram um sentimento de emergência" e reforçaram a necessidade de que governo e empresas privadas tratem deste problema.

A reunião servirá para identificar as brechas, pelas quais os hackers invadem o sistema, e analisar como tornar equipamentos e softwares mais resistentes e impermeáveis a estas ameaças.

"É preciso evoluir para um sistema, no qual a segurança esteja garantida por default", acrescentou o presidente.

No final de 2020, um grande ciberataque lançado nos Estados Unidos afetou os servidores de e-mails da Microsoft e o programa Orion, da empresa SolarWinds. Este último é usado para administrar e monitorar as redes de computadores de grandes empresas e do governo.

Para o governo, este ataque expôs a relevância da segurança de 16 "infraestruturas-chave" de setores como energia, defesa, produção industrial e alimentação.

Alguns analistas pediram sanções firmes contra a Rússia e outros países, de onde estes hackers estariam operando. Outros especialistas defendem uma melhor regulação das criptomoedas, exigidas pelos hackers como resgate para restabelecer os serviços atacados.

A reunião será coordenada pelos secretários de Estado, do Comércio e de Segurança Interna, assim como pelos conselheiros de cibersegurança.

Estarão presentes os CEOs Sundar Pichai (Google), Andy Jassy (Amazon), Tim Cook (Apple) e Satya Nadella (Microsoft). Também participarão executivos do JPMorgan Chase, Bank of America e de outras empresas financeiras, além de representantes de seguradoras, de companhias de abastecimento de água, gás e eletricidade e de instituições de ensino.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação