Reino Unido

Após dores de cabeça, mulher descobre que o cérebro "vaza" do crânio

A jornalista britânica Georgia Lambert foi diagnosticada com síndrome de Arnold-Chiari e siringomielia, ambas geralmente identificadas ainda nos primeiros dias de vida do bebê

Cecília Sóter
postado em 13/09/2022 16:15 / atualizado em 13/09/2022 16:15
A britânica Georgia Lambert -  (crédito: Reprodução/Instagram)
A britânica Georgia Lambert - (crédito: Reprodução/Instagram)

Uma jornalista foi diagnosticada com uma doença rara que faz com que o cérebro “vaze” para fora do crânio. A britânica Georgia Lambert, 28 anos, descobriu ser portadora de duas condições raras após sentir fortes dores de cabeça.

A mulher foi diagnosticada com síndrome de Arnold-Chiari e siringomielia, ambas geralmente identificadas ainda nos primeiros dias de vida do bebê. A primeira é uma má formação entre o pescoço e a cabeça, quando o cerebelo entra no canal espinhal. A segunda é a formação de uma cavidade líquida dentro da medula espinhal.

As dores de cabeça crônicas começaram quando Georgia tinha 17 anos. Ao procurar ajuda, os médicos falavam ser psicológico. Os pais da jornalista, no entanto, continuaram buscando o real motivo, chegando a adotar dietas variadas e terapias alternativas — sem sucesso.

O diagnóstico só veio depois que Lambert encontrou um médico que solicitou um exame de imagem da cabeça.

“Esperamos semanas pelos resultados. Quando voltamos ao consultório, o clínico parou para respirar antes de pronunciar as duas condições que encontraram. Ele me explicou que a parte de trás do meu cérebro estava vazando para fora do meu crânio, o que causou a formação de cistos cheios de fluido na minha medula espinhal”, disse em relato publicado pelo jornal britânico The Times.

Antes do diagnóstico, Georgia lembra que dormia nove horas por dia, além das oito normais durante a noite, e sentia dor o tempo inteiro.

Ela precisou ser submetida a um procedimento cirúrgico para drenar a medula espinhal. Mesmo após a cirurgia, as dores continuaram e Georgia precisou deixar a universidade e passou a frequentar um grupo de pacientes com siringomielia, onde aprendeu técnicas para se distrair da dor.

Segundo a jornalista, até hoje ela tem tremores severos nas mãos, dor na coluna e vazamento recorrente no cérebro.

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