Eleições 2022

Em SP, Bolsonaro critica Doria: "Jogado na vala do esquecimento"

Em comício em Sorocaba, Bolsonaro exaltou ex-ministro Tarcísio de Freitas, candidato a governador. Evento contou ainda com Marcos Pontes, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, e Eduardo Bolsonaro

Ingrid Soares
postado em 13/09/2022 15:06
 (crédito: Reprodução / Redes Sociais)
(crédito: Reprodução / Redes Sociais)

Em comício em Sorocaba (SP) nesta terça-feira (13/9), o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, tratou de exaltar as qualidades de seu candidato ao governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio Freitas (Republicanos), afirmando que ele “zerou a corrupção” e construiu obras com “menos recursos”.

Acompanharam Bolsonaro no comício também Marcos Pontes (PL), candidato ao Senado, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e o deputado federal e candidato à reeleição Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“Cada vez mais pessoas de bem se apresentam para cargos públicos. Quem podia esperar o Tarcísio, o meu colega da Academia Militar das Agulhas Negras, ser o que foi à frente do Ministério de Infraestrutura? Primeiro, zerou a corrupção e, depois, mesmo com recursos reduzidos, fez grandes obras pelo nosso Brasil”, disse o presidente.


No estado, o último levantamento do Ipec, mostra que na briga pela liderança de São Paulo, o candidato Fernando Haddad (PT) surge na frente com 36%, e Tarcísio aparece com 21%, em segundo lugar.

O chefe do Executivo também citou o concorrente ao Senado, Marcos Pontes (PL), que, segundo Bolsonaro, será um senador com “S maiúsculo”.

“Quem podia esperar que o nosso astronauta Marcos Pontes, formado pelo ITA, o homem que teve a coragem de ir a 400 km de altura no espaço, uma mente fantástica, uma pessoa fenomenal. Não só servir, mas, como agora teve a oportunidade, pela vontade de vocês e do nosso Deus, de termos realmente um senador em São Paulo com S maiúsculo.”

“Temos bons nomes que foram aprovados por vocês e que agora estão dando um salto mais alto, não por causa própria, não em busca pelo poder, mas pela vontade de servir a nossa população. Ninguém faz nada sem o parlamento numa democracia. Aqui também temos excelentes deputados federais, estaduais, que a gente espera, obviamente, ao ter o apoio de vocês, somem-se de verdade a nós lá em Brasília”.

“Calcinha apertada”

Bolsonaro então fez críticas ao ex-governador João Doria, que também tentou se cacifar para a corrida presidencial. O presidente se referiu a ele como “calcinha apertada”, citou brigas e disse que Doria “está jogado na vala do esquecimento”.

“A política em São Paulo sofreu muito por um governador que tinha uma ‘calcinha apertada’ e não pensava em nada mais além do que ser presidente da República. Se elegeu usando meu nome e depois virou 'inimiguinho', ficou 'brigadinho' com a gente e, hoje, está jogado na vala do esquecimento, na vala do ostracismo. Não se ganha a liderança comprando matérias pela imprensa, se ganha trabalhando, estando ao lado do povo nos momentos mais difíceis para que ele possa realmente comprovar aquilo ao qual ele se apresentou lá”, alegou. 

“Todos os números são positivos”

Citando medidas de restrição em meio à pandemia, Bolsonaro abordou a economia e citou o auxílio emergencial, dizendo que seu governo “fez o que tinha que ser feito”. Ele também teceu elogios ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e destacou melhora no cenário econômico dizendo que “todos os números são positivos” em sua gestão.

“Na pandemia, quando (vocês) foram obrigados a ficar em casa, criamos o auxílio emergencial, fizemos o que tinha que ser feito. Temos um ministro da Economia que é um exemplo do que é liberal para todo mundo que é o Paulo Guedes, que soube conduzir a economia do nosso país de modo que, hoje, se vocês compararem o Brasil com o mundo, o Brasil está lá na frente, dando exemplo para o mundo. Inflação em baixa, PIB em alta, desemprego em baixa, violência em baixa. Todos os números são positivos no nosso governo.”

Pautas ideológicas

O chefe do Executivo reforçou pautas ideológicas como a antiaborto e contra a legalização da maconha.
“Temos um presidente que acredita em Deus, o presidente respeita a vida desde a sua concepção, o presidente que não tem conversa com Macron, um presidente que não aceita liberar drogas pelo Brasil, um presidente que não quer ideologia de gênero nas escolas, um presidente que respeita a propriedade privada, que reconhece o trabalho do homem e da mulher do campo pelo agronegócio, um presidente que tem diminuído impostos e assim mesmo tem arrecadado mais.”

Bolsonaro disse que, se for a vontade do povo, está pronto para ser reeleito. “O que nós pedimos para vocês, de forma muito humilde, é, se for a vontade de vocês, estou à disposição para continuar por mais quatro anos à frente da Presidência da República”, disse, mais uma vez sob gritos de "mito".

Por fim, voltou a pedir votos, dessa vez, para seus candidatos. “O maior orçamento logicamente é o federal, o segundo maior orçamento do Brasil é o do estado de São Paulo. Se temos um capitão em Brasília, vamos ter um em São Paulo também. E vamos ter um coronel da Aeronáutica formado pelo Ibra no Senado que é o Marcos Pontes. Vamos cada vez mais ocupar o espaço de pessoas que não tinham qualquer compromisso com o Brasil ou com seu estado para, lá em Brasília, com essas pessoas de bem, darmos a resposta que a sociedade tanto precisa e merece”, concluiu.

Horas antes, o chefe do Executivo participou de uma motociata e, ao final do comício, cumprimentou apoiadores e desfilou em carro aberto com seus candidatos aliados.

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