Desastre Natural

Terremotos na Síria e Turquia: Número de vítimas passa de 11.700

Novo balanço dos governos indica também que mais de 55 mil pessoas estão feridas nos dois países; a OMS estima que o número de mortos pode ser ainda maior

Camilla Germano
postado em 08/02/2023 15:23
 (crédito: Omar HAJ KADOUR / AFP)
(crédito: Omar HAJ KADOUR / AFP)

O número de pessoas que morreram após a tragédia na Síria e na Turquia já passa de 11.700, segundo novo balanço das autoridades oficiais e médicos, divulgado nesta quarta-feira (8/2). Os países sofrem com a devastação causada por três terremotos: o primeiro, de magnitude 7,8, o segundo de força de 7,5 e o terceiro com magnitude de 5,5.

O maior número de vítimas foi na Turquia em que 9.057 pessoas perderam a vida e cerca de 50 mil ficaram feridas. Na Síria, 2.662 morreram e outros 5 mil ficaram feridos. Entretanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de óbitos pode ser ainda maior.

Os países vem sofrendo com fortes terremotos desde a manhã de segunda-feira (6). Já foram ao todo três terremotos sentidos, o mais forte deles com magnitude 7,8 — tremor mais poderoso registrado no país desde 1999.

O epicentro dos tremores foi nas cidades turcas de Gaziantep e Kahramanmaras, as duas localizadas na chamada falha de Anatólia — região onde há o encontro de três placas tectônicas: Anatólia, Africana e Arábica.

  • Um homem reage com desespero enquanto as pessoas procuram sobreviventes nos escombros em Diyarbakir, na Turquia, depois que um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o sudeste do país, em 6 de fevereiro de 2023 ILYAS AKENGIN / AFP
  • Pessoas procuram sobreviventes nos escombros em Diyarbakir, na Turquia, depois que um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o sudeste do país, em 6 de fevereiro de 2023 ILYAS AKENGIN / AFP
  • Na Síria, moradores da cidade de Jandaris se aglomeram na rua após um prédio desabar em decorrência do terremoto de magnitude 7,8, que se originou na Turquia Rami al SAYED / AFP
  • Socorristas sírios (Capacetes Brancos) resgatam um homem ferido dos escombros de um prédio desabado após um terremoto, na cidade fronteiriça de Azaz, no norte controlado pelos rebeldes da província de Aleppo, no início de 6 de fevereiro de 2023. - Centenas foram supostamente mortos no norte da Síria após um terremoto de magnitude 7,8 que se originou na Turquia e foi sentido em países vizinhos. Bakr ALKASEM/AFP
  • Um homem observa as operações de busca e resgate realizadas nos escombros de um prédio desabado em Diyarbakir, na Turquia, depois que um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o sudeste do país, em 6 de fevereiro de 2023 ILYAS AKENGIN / AFP
  • Equipes de resgate turcas procuram vítimas e sobreviventes em meio aos escombros de um prédio que desabou em Adana, na Turquia, em 6 de fevereiro de 2023, depois que um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o sudeste do país. Can EROK / AFP
  • Um socorrista grita enquanto carrega um corpo encontrado nos escombros em Adana, na Turquia, em 6 de fevereiro de 2023, depois que um terremoto de magnitude 7,8 atingiu o sudeste do país Can EROK / AFP
  • Moradores resgatam uma menina ferida dos escombros de um prédio que desabou após um terremoto na cidade de Jandaris, no interior da cidade de Afrin, no noroeste da Síria. O terremoto de magnitude 7,8 se originou na Turquia e foi sentido nos países vizinhos Rami al SAYED / AFP
  • Um homem sírio chora enquanto carrega seu filho que foi morto em um terremoto na cidade de Jandaris, no interior da cidade de Afrin, no noroeste da Síria. O terremoto de magnitude 7,8 se originou na Turquia e foi sentido nos países vizinhos Bakr ALKASEM / AFP
  • Moradores carregam uma criança ferida dos escombros de um prédio que desabou após um terremoto na cidade de Jandaris, no interior da cidade de Afrin, no noroeste da Síria. O terremoto de magnitude 7,8 se originou na Turquia e foi sentido nos países vizinhos Rami al SAYED / AFP
  • Um morador fica em frente a um prédio que desabou após um terremoto na cidade de Jandaris, no interior da cidade de Afrin, no noroeste da Síria. O terremoto de magnitude 7,8 se originou na Turquia e foi sentido nos países vizinhos Rami al SAYED / AFP

Reação lenta contra o terremoto

Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, falou nesta quarta-feira (8) sobre as "deficiências" de reação no terremoto.

A menos de quatro meses da eleição presidencial no país, as ações do presidente em meio a tragédia foram muito criticadas. Erdogan está no no poder desde 2003. “Claro, há deficiências, é impossível estar preparado para uma catástrofe dessas”, afirmou o chefe de Estado.

Ajuda internacional

A assistência à Síria é uma questão delicada para vários países ocidentais e também por ser alvo de sanções da União Europeia (UE). Janez Lenarcic, comissário de Gestão de Emergências da UE informou que o governo sírio fez um pedido formal ao bloco.

De acordo com Lenarcic, o pedido é que os países membros respondam de maneira afirmativa aos pedidos de Damasco, mas com a garantia de que ajuda "não será desviada" pelo regime.

Até o momento, a Síria conta principalmente com a ajuda da Rússia, que é sua aliada. Em Aleppo, soldados russos salvaram um homem dos escombros na madrugada de quarta-feira, informou o ministério da Defesa de Moscou. No total, 42 pessoas foram resgatadas pelos mais de 300 soldados russos na região.

Outros países pelo mundo como China, Estados Unidos, Ucrânia e Emirados Árabes Unidos, prometeram ajuda à Turquia, que começou a receber equipes de emergência e material na terça-feira (7).

*Com informações da Agence France Presse

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