Guerra no leste europeu

Ucrânia exige reunião de emergência da ONU sobre plano nuclear

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, revelou seus planos de estacionar armas atômicas táticas em Belarus

Agência Estado
postado em 26/03/2023 13:23
 (crédito: Genya SAVILOV/AFP)
(crédito: Genya SAVILOV/AFP)

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia convocou neste domingo reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para "combater a chantagem nuclear do Kremlin" um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, revelar seus planos de estacionar armas atômicas táticas em Belarus. Um oficial ucraniano disse que a Rússia "tomou Belarus como refém nuclear".

"A Ucrânia espera uma ação efetiva do Reino Unido, China, Estados Unidos e França para combater a chantagem nuclear do Kremlin, inclusive como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que tem uma responsabilidade especial de prevenir ameaças de agressão usando armas nucleares", diz o comunicado do governo ucraniano. "O mundo deve se unir contra alguém que põe em perigo o futuro da civilização humana", complementou.

Moscou, por sua vez, disse que agiu em resposta ao crescente apoio militar do Ocidente à Ucrânia. Pelo Twitter, Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, comentou que o anúncio de Putin foi "um passo para a desestabilização interna" de Belarus que maximizou "o nível de percepção negativa e rejeição pública" da Rússia e de Putin na sociedade bielorrussa. O Kremlin, acrescentou Danilov, "tomou Belarus como refém nuclear". Tanto o apoio de Lukashenko à guerra quanto os planos de Putin de estacionar armas nucleares táticas na Belarus foram denunciados pela oposição.

EUA e Alemanha se pronunciam

Os Estados Unidos disseram que iriam "monitorar as implicações" do anúncio de Putin. Até agora, Washington não viu "nenhuma indicação de que a Rússia está se preparando para usar uma arma nuclear", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson.

Na Alemanha, o Ministério das Relações Exteriores chamou as declarações de Putin de "mais uma tentativa de intimidação nuclear", informou a agência de notícias alemã DPA. A pasta disse ainda que "a comparação feita pelo presidente russo com a participação nuclear da Otan é enganosa e não pode ser usada para justificar o passo anunciado pela Rússia". *Fonte Associated Press

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

CONTINUE LENDO SOBRE