PESCARIA

"Peixe-pênis": milhões são encontrados em praia da Argentina

Moradores da cidade de Rio Grande foram surpreendidos pela enorme quantidade de 'vermes marinhos' da espécie Urechis unicinctus (que não são peixes)

André Vinícius Pereira*
postado em 24/07/2023 15:13 / atualizado em 24/07/2023 15:24
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O "Peixe pênis" apareceu em uma praia da Patagônia e surpreendeu os habitantes - (crédito: Reprodu??o/Kate Montana/iNaturalist Creative Commons/Redes Sociais)

Um fenômeno levou milhões de vermes marinhos, conhecidos como "peixes-pênis", às praias da região de Murtillar, na cidade de Rio Grande, Argentina, na semana passada. A suspeita é de que os bichos, que costumam se enterrar na areia, tenham aparecido na costa por causa das tempestades que deixaram o mar agitado, segundo o portal Del Fuego Noticias.

Pescadores usaram as redes sociais para relatar a aparição e mostrar a grande quantidade dos vermes na costa argentina. Conhecido formalmente como Urechis unicinctus, o "peixe-pênis" tem parentesco com nematoides, como as lombrigas; além de artrópodes, como os insetos e aracnídeos, e servem de alimento para peixes, tubarões e lontras. Muito utilizados também como iscas para a pesca.

V?rios 'peixes p?nis' apareceram na costa argentina
V?rios 'peixes p?nis' apareceram na costa argentina (foto: Reprodu??o/La Gaceta Truncadense)

Fosseis mostram que essas criaturas existem há mais de 300 milhões de anos. Um único Urechis unicinctus pode viver até 25 anos e a espécie pode chegar a 30 centímetros. Vale destacar que, em algumas partes do continente asiático, como na Coreia do Sul e na China, eles costumam ser consumidos crus e são muito procurados.

Muitos desses vermes também já foram encontrados em uma praia na Califórnia, em 2019, e grupos menores foram vistos historicamente nas costas argentinas. Os vermes se alimentam de detritos orgânicos que ficam depositados no fundo do mar e não oferecem perigo para os humanos.

Devido ao formato cilíndrico semelhante ao pênis, alguns acreditam que a carne dele contenha propriedades afrodisíacas. No entanto, a crença não possui evidência científica.


*Estagiário sob supervisão de Lorena Pacheco

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