Suíça

Suíços vão votar sobre importação de foie gras e peles de animais

A Aliança Animal Suíça conseguiu recolher 106.448 assinaturas contra a importação de fígado de pato ou ganso e 116.140 contra a entrada de peles de animais

A Suíça importa 200 toneladas de foie gras anualmente -  (crédito: Reprodução/Freepik)
A Suíça importa 200 toneladas de foie gras anualmente - (crédito: Reprodução/Freepik)
Agência France-Presse
postado em 29/12/2023 14:58

Os suíços vão votar a favor ou contra a importação de foie gras e peles de animais, depois que uma associação de defesa dos animais conseguiu reunir nesta quinta-feira (28) as assinaturas suficientes para organizar uma votação.

A Aliança Animal Suíça, que iniciou esta campanha, conseguiu recolher 106.448 assinaturas contra a importação de fígado de pato ou ganso e 116.140 contra a entrada de peles de animais. Para organizar um referendo a nível nacional são necessárias 100.000 assinaturas.

A "gavage", a técnica que consiste em alimentar patos e gansos à força através de sondas para fazer seus fígados crescerem, está proibida na Suíça. Mas a importação de produtos que utilizam essa técnica está permitida.

A iniciativa quer proibir constitucionalmente a importação deste produto. A Suíça importa 200 toneladas de foie gras anualmente, denuncia a organização. "Todos os anos, 400 mil patos e 12 mil gansos são mortos para responder especificamente à demanda do nosso país", afirma.

"É hipócrita proibir os avicultores suíços de produzir foie gras sob pena de sanções e, ao mesmo tempo, autorizar as importações deste produto", acrescenta a aliança.

Quase todos os países europeus proíbem a alimentação por sonda de gansos e patos, com exceção de França, Hungria e Bulgária.

A segunda proposta da organização busca proibir a importação de produtos à base de peles de animais "fabricados em condições de crueldade para com os animais".

Em meados de setembro, o Parlamento e o governo federal da Suíça rejeitaram a proibição da importação de foie gras.

Os deputados argumentaram que uma proibição poderia gerar um turismo de compras na França, em detrimento das empresas suíças.

A Suíça, que tem um sistema de democracia direta, costuma organizar consultas populares sobre uma variedade de temas.

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