rússia

Mãe de Navalny visita túmulo após funeral em Moscou

Navalny, o mais ferrenho crítico do presidente Vladimir Putin durante mais de uma década, morreu no mês passado aos 47 anos em uma colônia penitenciária do Ártico

Navalny morreu em 16 de fevereiro na colônia prisional do Ártico, na região russa de Yamalo-Nenets, no norte da Sibéria, onde cumpria pena de 19 anos       -  (crédito: JASON REDMOND / AFP)
Navalny morreu em 16 de fevereiro na colônia prisional do Ártico, na região russa de Yamalo-Nenets, no norte da Sibéria, onde cumpria pena de 19 anos - (crédito: JASON REDMOND / AFP)
postado em 02/03/2024 10:13 / atualizado em 02/03/2024 10:13

A mãe do líder da oposição russa Alexei Navalny visitou neste sábado (2/3) o seu túmulo em Moscou, um dia depois do funeral, no qual participaram milhares de pessoas.

Navalny, o mais ferrenho crítico do presidente Vladimir Putin durante mais de uma década, morreu no mês passado aos 47 anos em uma colônia penitenciária do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos por acusações de "extremismo", em condições ainda desconhecidas. 

Sua mãe, Liudmila Navalnaya, visitou seu túmulo, coberto de flores e guirlandas, no cemitério de Borisovo, ao sul de Moscou, na manhã deste sábado, observaram jornalistas da AFP. 

Ela estava acompanhada por Alla Abrosimova, mãe da viúva de Navalny, Yulia Navalnaya.

Yulia Navalnaya, os dois filhos do casal e o irmão de Navalny vivem no exterior e não compareceram ao funeral, onde poderiam ter sido presos. 

A viúva do opositor prometeu continuar o trabalho do marido e culpou Putin pela sua morte. 

Neste sábado, os enlutados continuaram depositando flores em seu túmulo, sob a presença contínua da polícia no cemitério, perto das margens do rio Moskva. 

Milhares de apoiadores de Navalny compareceram ao funeral do opositor na véspera para lhe prestar uma última homenagem.

Ao saírem de uma igreja perto do cemitério, em uma longa fila, alguns gritavam "Não à guerra!" e outros slogans a favor de Navalny, como chamar Putin de "assassino" e pedir a libertação de presos políticos. 

Na sexta-feira, a polícia russa deteve pelo menos 128 pessoas que participavam em homenagens a Navalny em 19 cidades, segundo a ONG de direitos humanos OVD-Info. 

As cenas de milhares de pessoas marchando em apoio à oposição, exigindo o fim da ofensiva russa na Ucrânia e atacando o Kremlin, não eram vistas na Rússia desde o início da operação militar, em fevereiro de 2022. 

O Kremlin reprime duramente a dissidência e utiliza leis rigorosas para perseguir centenas de pessoas que se manifestam publicamente contra a campanha.

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