EX-URSS

Yerevan, uma capital marcada por invasões, massacres e resistência

A capital da Armênia tem 2,8 mil anos de existência e 1 milhão de habitantes. Complexo Cascade é o principal ponto turístico

Yerevan — Yerevan, capital da Armênia. Mais de 2,8 mil anos de existência e de uma história marcada por 14 invasões, massacres, deportações forçadas, superação e resistência. Com cerca de 1 milhão de habitantes, a cidade tem, como principal ponto turístico, o Complexo Cascade. Herança do período em que a Armênia fazia parte da União Soviética, o Cascade é um jardim suspenso e uma galeria de arte a céu aberto. O monumento tem 570 degraus e liga a cidade baixa à parte alta de Yerevan, onde estão um parque de diversões, a estátua da Mãe Armênia — que se impõe do alto de uma colina — e um museu militar. Foi obra dos arquitetos Jim Torosyan, Sargis Gurzadyan e Aslan Mkhitaryan. O mecenas norte-americano Gerard Cafesjian doou US$ 120 milhões para a construção, além de um acervo de obras de arte, hoje expostas no local.

Com 118 metros de inclinação, possui grandes plataformas com esculturas e estátuas. À frente do Cascade, está um imenso jardim com obras do colombiano Fernando Botero e outros artistas. Sob a escadaria, uma escada rolante conduz o visitante por várias galerias de arte. Pelo caminho, enquanto sobe rumo ao topo, o visitante pode admirar parte do acervo doado por Cafesjian. Do alto do Cascade, é possível ter a visão mais emblemática da Armênia: o bíblico Monte Ararat abraçando Yerevan. A montanha, considerada sagrada pelo povo armênio, é o local onde, segundo a Bíblia, Noé teria pousado a sua arca após 150 dias de tempestade e salvado sua família e animais do dilúvio universal.

O repórter viajou a convite da União Geral Armênia de Beneficiência (UGAB).

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