Os Estados Unidos retomarão as vendas de armas ofensivas à Arábia Saudita, encerrando uma suspensão de um ano causada pelas operações sangrentas do reino árabe no Iêmen, anunciou o governo nesta segunda-feira (12/8).
De acordo com o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, as vendas de armas à Arábia Saudita seriam desbloqueadas "de forma regular, com notificação e consulta apropriadas ao Congresso".
O anúncio ocorre no momento em que a Arábia Saudita é mais uma vez vista como um ator crítico para os Estados Unidos, à medida que a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza entra no seu décimo mês.
"A Arábia Saudita continua sendo um parceiro estratégico próximo dos Estados Unidos e esperamos reforçar essa parceria", disse Patel aos jornalistas em Washington.
O presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, tomou posse em 2021 prometendo uma nova abordagem em relação à Arábia Saudita, enfatizando a atenção aos direitos humanos e anunciou imediatamente que o seu governo apenas enviaria armas de natureza "defensiva" ao aliado de longa data dos EUA.
Essa mudança de posição ocorreu depois de se estimar que milhares de civis morreram em ataques aéreos por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen, incluindo crianças, em uma campanha contra os rebeldes houthis apoiados pelo Irã, que tomaram grande parte do país.
Mas as considerações geopolíticas mudaram acentuadamente desde então. As Nações Unidas, com o apoio dos Estados Unidos, negociaram uma trégua no início de 2022 no Iêmen, que se manteve em grande parte.
Desde a trégua, "não houve um único ataque aéreo saudita no Iêmen e o fogo transfronteiriço do Iêmen para a Arábia Saudita praticamente cessou", disse Patel.
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