
O site britânico The Sun noticiou, nesta quinta-feira (17/7), a morte de pelo menos quatro soldados russos que beberam de garrafas de água supostamente fornecidas pela Ucrânia à linha de frente da guerra como “remessa humanitária”. Vídeos divulgados pelo portal mostram agentes em convulsão e estado de agonia enquanto são atendidos por médicos ou tentam conversar com colegas.
O episódio ocorreu na área de Panteleimonivka, em Donetsk, ao leste ucraniano. O líquido supostamente adulterado, cuja embalagem estampava o rótulo ‘Nossa Água’, teria vindo de Simferopol, capital da Crimeia anexada pela Rússia em 2014, e sido distribuído sob pretexto de ajuda. Por isso, o Sun chamou-o de “cavalo de Troia da morte”, remontando à estratégia usada por gregos de dar um presente falso aos troianos, a quem atacaram posteriormente.
Em um dos registros, um militar pergunta ao outro se ele “tomou um pouco de água no caminho”, e não recebe resposta. Outro vídeo mostra um homem grunhindo de dor enquanto tenta se comunicar com os colegas e não consegue responder a comandos básicos. Os soldados que ingeriram a bebida e não morreram encontram-se em estado crítico, diz o site.
O caso segue sob investigação, a fim de que seja descoberto de que forma o líquido teria sido envenenado, por quem e como teria chegado à linha de frente russa. Embora meios de comunicação ligados ao país comandado por Putin sugiram ter se tratado de “operação de sabotagem ucraniana”, o The Sun aponta que não há evidências concretas a respeito.
Ao portal, uma fonte da Ucrânia afirmou que não é possível saber se trata-se de envenenamento ou “overdose de drogas, com os comandantes possivelmente usando a história da ‘água envenenada’ para encobrir”.
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Apesar disso, canais de comunicação russos emitiram avisos para que cidadãos, em especial soldados, não bebam água suspeita, mesmo em meio às altas temperaturas do verão no hemisfério sul.
À medida que cresce a tensão entre Rússia e Ucrânia, cidadãos dos dois países trocam acusações de sabotagem, espionagem e assassinatos organizados. Na semana passada, autoridades ucranianas disseram ter matado vários supostos agentes russos que teriam assassinado um coronel do serviço de segurança local.
Na última segunda-feira (14/7), Donald Trump ameaçou taxar a Rússia em 100% se um acordo para o fim da guerra não fosse firmado em 50 dias.
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