
A Guatemala concedeu uma permissão de permanência por razões humanitárias a 161 mexicanos, incluindo 69 crianças, que se refugiaram em uma aldeia guatemalteca após fugir da violência do tráfico de drogas em seu país, informou o governo nesta quarta-feira (20).
Na segunda-feira, o Instituto Guatemalteco de Migração (IGM) indicou que uma centena de mexicanos havia fugido do estado de Chiapas (sul), que enfrenta um aumento da violência atribuída a confrontos entre cartéis.
No ano passado houve uma situação similar, com a fuga para Guatemala de cerca de 600 mexicanos, que retornaram para suas casas quase sete meses depois.
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"No total, 39 famílias foram entrevistadas e beneficiadas com este passe humanitário, além de receber atendimento interinstitucional" em uma aldeia do departamento de Huehuetenango, na fronteira com o México, disse o IGM em um comunicado.
Ao todo, são 92 adultos e 69 crianças, que "se deslocaram para a Guatemala devido aos conflitos que persistem no estado de Chiapas".
A maioria dos mexicanos permanece em um abrigo temporário habilitado no salão de usos múltiplos, mas outros foram acolhidos por moradores ou alugam moradias, acrescentou.
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Na aldeia há vigilância da Polícia Nacional Civil e do Exército de Guatemala, pontuou o IGM.
Chiapas sofre com a violência ligada ao crime organizado que, nos últimos anos, causou o deslocamento de centenas de pessoas. Segundo analistas, os cartéis Jalisco Nueva Generación e Sinaloa disputam as rotas de tráfico de drogas na região.
Na sexta-feira, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, se comprometeu a fortalecer a segurança na fronteira com a Guatemala, em uma reunião com seu homólogo guatemalteco, Bernardo Arévalo.
A primeira reunião entre ambos os presidentes ocorreu dois meses depois de uma incursão de policiais mexicanos em território guatemalteco em perseguição a supostos traficantes, o que provocou um protesto da Guatemala e um pedido de desculpas do México.
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