O Nobel de Literatura deste ano foi concedido ao autor húngaro László Krasznahorkai "por sua obra convincente e visionária que, em meio ao terror apocalíptico, reafirma o poder da arte”. O prêmio foi anunciado nesta quinta-feira (9/10).
László nasceu em 1954 na pequena cidade de Gyula, no sudeste da Hungria, perto da fronteira com a Romênia. O primeiro romance dele foi Sátántangó, publicado em 1985. O romance retrata um grupo de moradores desamparados em uma fazenda coletiva abandonada no interior da Hungria, pouco antes da queda do comunismo.
No romance Háború és háború, Krasznahorkai desloca a atenção para além das fronteiras de sua terra natal húngara, permitindo que o humilde arquivista Korin decida, como ato final de sua vida, viajar dos arredores de Budapeste para Nova York para que ele possa, por um momento, ocupar um lugar no centro do mundo.
O autor também "olha para o Oriente, adotando um tom mais contemplativo e refinadamente calibrado. O resultado é uma série de obras inspiradas nas impressões profundas deixadas por suas viagens à China e ao Japão".
Krasznahorkai é "um grande escritor épico da tradição centro-europeia que se estende de Kafka a Thomas Bernhard, e se caracteriza pelo absurdo e o excesso grotesco", disse o júri.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Saiba Mais
-
Mundo O que já se sabe sobre a primeira fase do acordo de paz em Gaza entre Israel e o Hamas
-
Mundo 'Me mandou voltar para a África', diz brasileira vítima de racismo na Irlanda
-
Mundo Abóbora de 721 kg bate recorde nos Estados Unidos
-
Mundo Mortes de crianças por xaropes para tosse falsificados deixam India em alerta
-
Mundo O caso de menina de 14 anos morta em cirurgia plástica que chocou o México e levou mãe e padrasto à cadeia
-
Mundo Ministro do Equador diz que indígenas tentaram assassinar presidente Noboa
