
A atriz francesa Brigitte Bardot, ícone do cinema mundial e referência cultural do século 20, morreu neste domingo (28/12), aos 91 anos. A morte da artista gerou repercussão imediata na França, com manifestações de líderes políticos e personalidades do meio artístico que destacaram sua importância histórica, cultural e simbólica. O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que Bardot “personificava uma vida de liberdade”. Em publicação nas redes sociais, o chefe de Estado exaltou a trajetória multifacetada da atriz.
“Seus filmes, sua voz, sua fama deslumbrante, suas iniciais, suas tristezas, sua generosa paixão pelos animais, seu rosto que se tornou Marianne — Brigitte Bardot personificava uma vida de liberdade. Uma existência francesa, um brilho universal. Ela nos tocou. Lamentamos a perda de uma lenda do século”, escreveu Macron.
A líder da direita francesa, Marine Le Pen, também lamentou a morte da atriz e classificou a perda como profunda para o país. “A França perdeu uma mulher excepcional, notável por seu talento, coragem, franqueza e beleza. Uma mulher que escolheu encerrar uma carreira incrível para se dedicar aos animais, a quem defendeu até o último suspiro com energia e amor inesgotáveis. Ela era a quintessência da França: de espírito livre, indomável e intransigente. Sentiremos muito a sua falta”, declarou.
No meio artístico, as homenagens ressaltaram o impacto quase mítico de Bardot. O ator francês Pierre Arditi, amigo da atriz, destacou sua beleza e força simbólica. “Ela era magnificamente linda. Não era apenas uma das mulheres mais bonitas do mundo, era a mulher mais bonita do mundo, e continua sendo. As pessoas que amamos nunca morrem”, afirmou ao Le Monde.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Arditi relembrou ainda o primeiro encontro com Bardot em um estúdio de filmagem. “Ela tinha uns 28 anos, e tudo parou: o tempo, o barulho… por uns trinta segundos, ela estava absolutamente deslumbrante”, relatou ao jornal.
Um ícone do cinema e da cultura pop
Nascida em 28 de setembro de 1934, em Paris, Brigitte Bardot tornou-se ainda jovem uma das figuras mais reconhecidas do cinema mundial. Sua consagração veio com E Deus criou a mulher (1956), dirigido pelo então marido, Roger Vadim. O filme transformou a atriz em símbolo internacional de sensualidade e liberdade, ajudando a moldar o imaginário cultural da década de 1960.
Saiba Mais
Ao longo da carreira, Bardot estrelou cerca de 50 filmes e também atuou como cantora e modelo, tornando-se uma das artistas mais fotografadas, comentadas e influentes de sua geração. A imagem ultrapassou o cinema e se consolidou como um fenômeno cultural, associado tanto à ruptura de costumes quanto a uma ideia de autonomia feminina que marcou o pós-guerra europeu.

Mundo
Mundo
Mundo
Mundo
Mundo
Mundo