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Artigo: UnB abraça Brasília

O conhecimento produzido na UnB ultrapassa suas fronteiras e tem significado prático na vida dos habitantes, ressignificando valores como os da cidadania, da justiça social e do bem vive

Retorno das aulas presenciais no Campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte, conta com maioria de alunos de máscara -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Retorno das aulas presenciais no Campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte, conta com maioria de alunos de máscara - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Olgamir Amancia*

Brasília faz 64 anos reconhecida mundialmente como a capital que se constitui historicamente com a marca da esperança de uma nova sociedade mais justa, humana, inovadora e inclusiva. Da arquitetura às belezas naturais, do convívio plural de pessoas de diversas origens, do contraste entre o céu e os monumentos, das riquezas culturais à pujança intelectual de sua universidade, tudo em Brasília faz pulsar a imaginação de uma vida mais plena em vários sentidos. Esse é, sem dúvida, entre tantos outros, um legado simbólico de nossa cidade para as atuais e futuras gerações que ajudam a fazer a cidade também amparadas nesse desejo que espelha um país melhor.

De maneira decisiva, a Universidade de Brasília (UnB) tem contribuído, nos 62 anos de sua história, para fazer de Brasília referência nacional e global em ensino, pesquisa, extensão e inovação. A atuação nesses âmbitos tem fortalecido a relação entre a UnB e a comunidade do DF, cujas histórias se entrelaçam e se retroalimentam intensivamente. A extensão é o âmbito da universidade pública que abraça a missão de aprofundar cada vez mais os vínculos entre a academia e a sociedade, com vistas à transformação social.

Abrangendo a pesquisa, a formação comprometida com o concreto e a inovação que oferece melhorias ao cotidiano da população, a extensão da UnB tem atuado de maneira destacada para que Brasília tenha sempre motivos para comemorar e razões para seguir trabalhando com o olhar no horizonte projetado pelos criadores de nossa cidade e de nossa universidade.

A UnB era chamada por Darcy Ribeiro de "minha ave de utopia". Incrustada originalmente em área privilegiada na Asa Norte do Plano Piloto, a UnB soube conduzir seu voo utópico para outros territórios, aumentando seu diálogo com as comunidades dos três campi: no Gama, na Ceilândia e em Planaltina.

Sintonizada com a metáfora usada por Darcy Ribeiro, a Extensão da UnB nos últimos anos desenvolveu uma política de forte vinculação com outros territórios, consolidando espaços de construção dialógica do saber nos polos de Extensão do Recanto das Emas, da Ceilândia, atendendo também as regiões da Estrutural e de Samambaia, dos territórios Kalunga de Cavalcante e da Chapada dos Veadeiros, ambos em Goiás.

Na semana em que comemoramos o aniversário de nossa cidade, tivemos a alegria de poder consolidar, junto à Secretaria de Educação do DF, mais um espaço de extensão da UnB, que acolherá o Polo UnB-Paranoá/Itapoã na Escola Classe 502 do Itapoã. É mais um presente para a UnB e para Brasília que muito significará para a vida cotidiana das populações dessa região.

Esses espaços constituem hoje a Rede de Polos de Extensão da UnB (Repe), que, juntamente com a Rede de Casas Universitárias de Cultura da UnB (CUC), desenvolveu, nos últimos quatro anos, mais de 300 projetos de extensão em diversas áreas do conhecimento: artes, tecnologia, educação, arquitetura, saúde, direito etc. Todos esses projetos recebem do Decanato de Extensão, desde 2020, significativo aporte de recursos para custeio de atividades e bolsas para estudantes de graduação.

O mais relevante para a cidade é que essa quantidade de ampla de ações, desenvolvidas por docentes, técnicos e estudantes da nossa instituição, faz com que o conhecimento produzido na UnB ultrapasse suas fronteiras e tenha significado prático na vida dos habitantes, ressignificando valores como os da cidadania, da justiça social e do bem viver.

Nos últimos anos, a UnB tem realizado inúmeros esforços para que, por meio de metodologias de gestão modernas, ousadas e responsáveis, seja possível uma intensificação da relação da universidade com sua memória e com os preceitos de seus fundadores, Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro. Para eles, uma universidade só poderia ter relevância social enquanto detentora da excelência do saber que, por sua vez, precisaria ser socialmente referenciado.

Esse é o compromisso da UnB com a sua cidade: não deixar jamais que a ave de utopia cesse o seu voo, fazendo o que estiver a seu alcance para que esse voar signifique uma vida melhor para o conjunto da sociedade. Parabéns, UnB! Parabéns, Brasília!

*Decana de Extensão da Universidade de Brasília (UnB)

 

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postado em 21/04/2024 06:00 / atualizado em 21/04/2024 05:00
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