DISPUTA ELEITORAL

"É muito mais provável que Bolsonaro perca as eleições", diz João Santana

O ex-marqueteiro do PT quebrou o silêncio após a prisão e fez previsões sobre o cenário eleitoral de 2022. O publicitário avalia que uma chapa Ciro Gomes presidente, com Lula como vice, teria muitas chances de ganhar

Correio Braziliense
postado em 26/10/2020 23:36 / atualizado em 26/10/2020 23:46
 (crédito: Reprodução/TV Cultura)
(crédito: Reprodução/TV Cultura)

Em sua primeira entrevista desde que foi preso, o publicitário João Santana, ex-marqueteiro dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, fez previsões sobre a próxima disputa pelo Palácio do Planalto, em 2022. "É muito mais provável que Bolsonaro perca as eleições", afirmou Santana, que foi entrevistado pelo programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (26/10).

"Se as esquerdas se unirem em torno de Ciro Gomes, ele pode ser um candidato extremamente viável", comentou Santana, afirmando que o ex-presidente Lula seria o nome ideal de vice na chapa de esquerda: "Lula seria o melhor perfil de vice-presidente que poderia ter. (...) É imitar a solução eleitoral genial que a Cristina (Kirschner) fez na Argentina." "Mas é muito difícil isso ocorrer. "É preciso que as oposições se organizem para fazer isso acontecer", afirmou. Em caso do PT lançar candidato, Santana defende que o ex-governador Jaques Wagner deve ser com o cabeça da chapa, com Lula como vice. "É o ideal."

"Bolsonaro é um fenômeno eleitoral, sim, mas ele não contrariou todas as lógicas de campanha. A campanha de 2018 é que contrariou todas as lógicas da história política eleitoral brasileira", cravou João Santana, ao analisar a vitória do presidente Jair Bolsonaro nas urnas.

Durante a entrevista, Santana também fez uma revelação. Disse que enfrentou um câncer no estômago logo após fazer a delação premiada e teve que passar por uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. "Vou fazer uma revisão amanhã (terça-feira)", disse Santana. "Essa queda da fama para a infâmia é um buraco tão profundo, nem sei se tem fundo. (...) Mas, por outro lado, é muito rico em descobertas e redescobertas."

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