COVID-19

Mourão elogia Pazuello, mas defende investigação contra ele em Manaus

PGR pediu ao STF que investigue a conduta do ministro da Saúde na capital amazonense, que viu a rede de saúde entrar em colapso neste início de ano

Augusto Fernandes
postado em 25/01/2021 11:55
 (crédito: EVARISTO SA)
(crédito: EVARISTO SA)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, "tem feito um trabalho meticuloso e de forma honesta e competente" à frente da pasta, mas afirmou ser a favor do pedido de investigação contra ele feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por conta do colapso na rede de saúde de Manaus.

O inquérito para a apurar a conduta de Pazuello foi solicitado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão de Aras atende denúncia enviada por partidos políticos que acusam o ministro e os auxiliares dele de se omitirem frente à crise na capital amazonense. Os autores do pedido alegam que Pazuello orientou a população a fazer uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a covid-19 e de não agir para evitar mortes.

Ao comentar sobre o caso nesta segunda-feira (25/1), Mourão saiu em defesa do ministro e disse que só uma investigação pode esclarecer se ele tem ou não culpa pelo que aconteceu em Manaus.

"Uma vez que existe muito disse-me-disse a respeito disso, acho que a melhor linha de ação é que se chegue à conclusão do que aconteceu. Eu, pelo o que tenho acompanhado do trabalho do ministro Pazuello, sei que ele tem feito um trabalho meticuloso e de forma honesta e competente. Então, que se investigue e que se chegue à conclusão do que aconteceu na realidade", disse o vice-presidente a jornalistas, no Palácio do Planalto.

O pedido de investigação fez Pazuello viajar a Manaus ainda na semana passada. Segundo a Saúde, ele deve ficar "o tempo que for necessário" na capital do Amazonas. Por conta de uma variante do novo coronavírus, a cidade viu os casos de covid-19 e as mortes pela doença dispararem nas últimas semanas. O surto sobrecarregou a rede de atendimento, e hospitais e outras unidades de saúde ficaram sem oxigênio para atender os pacientes.

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