CPI da Covid

Pazuello passa mal e sessão da CPI é adiada para quinta-feira

Ex-ministro presta depoimento sobre ações e omissões do governo durante a pandemia. Parlamentares avaliam o que fazer em razão de mentiras ditas durante a oitiva

Luiz Calcagno
Sarah Teófilo
Renato Souza
postado em 19/05/2021 17:27 / atualizado em 19/05/2021 18:39
 (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)
(crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello teve um mal estar e foi atendido pelo senador Otto Alencar, que é médico, após depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19. De acordo com o parlamentar, Pazuello teve uma crise relacionada a Síndrome de Vasovagal, que resulta na redução temporária de oxigênio no cérebro. 

A oitiva foi suspensa, mas, segundo os senadores, não foi por causa de Pazuello, mas sim pela quantidade de senadores inscritos para fazer perguntas. O depoimento será retomado para esta quinta-feira (20/5). Otto Alencar explicou que depois que atendeu o ex-ministro, ele tinha plenas condições de continuar o depoimento. O parlamentar afirmou que observou que o ex-ministro estava pálido, e que foi auxiliá-lo. "Coloquei ele no sofá, ele deitou, elevei as pernas coloquei para cima para o sangue voltar para a cabeça", explicou.

De acordo com o senador Randolfe Rodrigues, o depoimento ainda estava no começo. Não se descarta que ele seja convocado novamente em outras datas, além de ser chamado para acareação, com outras testemunhas.

Após o ocorrido, o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, fez um post no Twitter avisando sobre o adiamento.

O militar já deixou o Senado, e retorna para retomar o depoimento na quinta-feira. O depoimento de Mayra Pinheiro, conhecida como "Capitã Cloroquina", será adiado para terça-feira (25). Na saída, Pazuello disse à imprensa que o adiamento se deve a sessão de ordem do dia no Senado. Os parlamentares avaliam o que fazer em razão de mentiras contadas pelo general. A tendência é de que o caso seja encaminhado desde já ao Ministério Público.

Entre as inconsistências está a informação de que o Ministério da Saúde não foi procurado pelos Estados Unidos para obter ajuda de aviões que poderiam transportar oxigênio para Manaus.

 

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