CPI da Covid

Pazuello: Bolsonaro promove aglomerações pelo zelo ao "psicossocial" do povo

Em depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (19/5), ex-ministro da Saúde disse que o presidente vê a pandemia com "outros prismas"

Jorge Vasconcellos
postado em 19/05/2021 16:16 / atualizado em 19/05/2021 16:17
 (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)
(crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

No esforço para blindar o presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou, em depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (19/5), que o chefe do governo promove aglomerações em passeios e manifestações porque está preocupado com o "psicossocial do povo".

O general falou sobre o assunto ao ser questionado pelo senador Tasso Jereissati (PSD-CE) sobre o desalinhamento entre as ações do Ministério da Saúde e as atitudes do presidente. O parlamentar destacou que evitar aglomerações é uma das principais medidas para evitar a disseminação do novo coronavírus. Como resposta, Pazuello disse que, por ser chefe de Estado, Bolsonaro vê a pandemia com "outros prismas".

"Eu acredito, e aí vem uma posição muito pessoal minha, que o presidente da República tem na cabeça dele outros pensamentos quando ele está agindo dessa forma. Ele está, na minha visão, tratando também a parte do psicossocial, a parte da posição do povo em acreditar que isso aí vai passar. Isso é uma análise minha; eu nem quero dizer que seja essa a análise dele", disse Pazuello.

Segundo o general, "o presidente tem que ver todos os prismas. Eu me preocupei somente com o prisma da saúde. Os prismas que a gente vê são os prismas de um chefe de Estado que tem outras visões. Como ele vê, como ele age, isso é uma posição dele".

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