PLANALTO

"Me considero um médico da liberdade no Brasil", diz Bolsonaro

Mandatário declamou um trecho de uma música militar intitulada Canção da Guerra e relembrou o episódio da facada nas eleições de 2018. Segundo o chefe do Executivo, ao ter "visto a morte de perto", passou a ter maior coragem para decidir questões do país

Ingrid Soares
postado em 05/08/2021 18:16
 (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (5/8) que se considera um "médico da liberdade pelo Brasil". A declaração ocorreu durante cerimônia de entrega de medalhas de Ordem do Mérito Médico e Mérito Oswaldo Cruz para médicos e políticos que se destacaram pelos serviços prestados à saúde no país. Entre os que receberam a honraria, estavam médicos que operaram o mandatário durante atentado em 2018, além de ministros e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Em meio à pandemia da covid-19 no país, mais de 560 mil brasileiros perderam suas vidas.

Na solenidade ocorrida no Palácio do Planalto, o mandatário declamou um trecho de uma música militar intitulada Canção da Guerra e relembrou o episódio da facada nas eleições de 2018. Segundo o chefe do Executivo, ao ter "visto a morte de perto", passou a ter maior coragem para decidir questões do país.

"Isso marca a gente, faz a gente ter coragem para decidir questões que interessam a 210 milhões de brasileiros. Hoje eu me considero um médico da liberdade no Brasil. O que a nossa nação passa, os interesses externos e internos no destino dessa Pátria fazem com que além dos deveres diários que tenho para com a nação, tenha que pensar nessas pessoas que desejam a cadeira do poder por ambição, bem como, Paulo Guedes (ministro da Economia presente no evento), o interesse de outras nações. Afinal de contas somos segurança alimentar para muitas nações", apontou.

Ele também citou uma canção militar que fala em guerra para proteger a pátria e em tom belicoso repetiu que tudo fará para garantir a liberdade do país. Mais cedo, o presidente reclamou de ter sido incluído pelo STF no inquérito que apura fake news e ataques contra a Corte. No despacho, o ministro Alexandre de Moraes enviou à Polícia Federal link da live do presidente em que ele alega que as eleições foram fraudadas, sem apresentar provas. Ele renovou ameaças avisando que "o momento de sair das quatro linhas da Constituição está chegando".

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