Crise hídrica

Crise hídrica: Bolsonaro diz que racionamento de energia não é possibilidade

Presidente comentou também sobre PIB, passaporte de vacinação e os mil dias de governo em entrevista à CNN nesta quinta-feira (30/9)

Gabriela Chabalgoity*
postado em 30/09/2021 16:58 / atualizado em 30/09/2021 17:03
 (crédito: Marcos Corrêa/PR)
(crédito: Marcos Corrêa/PR)

O governo não acredita na possibilidade de um racionamento de energia. A afirmação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (30/9). Segundo o chefe do Executivo, o país foi “obrigado” a decretar uma bandeira acima da vermelha para “pagar a conta” devido à crise hídrica.

Em entrevista à CNN, o presidente foi questionado sobre o assunto ao comentar os primeiros mil dias de governo completados esta semana. “Não podemos esquecer que, durante os mil dias, tivemos 600 de pandemia. Não é fácil, também dentro desses mil dias, enfrentarmos a maior crise hidrológica em 91 anos e uma geada atípica de milho no Brasil, influenciando no preço dos ovos e do frango. Os problemas não eram esperados, mas temos que dar conta do recado”, disse Bolsonaro.

Sobre o número de desempregados, o presidente chamou a atenção para o fato de que foram registrados mais empregados em 2020, ano de pandemia, do que em 2019. “Muita gente apostou no 'fica em casa e a economia a gente vê depois', então, enfrentamos também uma inflação bastante elevada, em torno de 10%. Ninguém esperava isso, mas o mundo todo está passando por isso. O Brasil foi um dos países que menos sofreram com a economia durante a pandemia porque tivemos auxílio emergencial para 68 milhões de pessoas, equivalente a 13 anos de Bolsa Família, bem como atendemos a classe empresarial com programas como o Pronan”, declarou.

“Também atendemos governadores e prefeitos que tinham uma expectativa de perda de receita em torno de 20%, ajudamos eles, que acabaram o ano com um superavit de 20%. Então, dá 40% essa diferença”, acrescentou o presidente.

Obras

O presidente afirmou ainda que seu governo está retomando obras que estavam paradas há muito tempo e começando outras, como em Minas Gerais. Bolsonaro cumpre agenda em Belo Horizonte, nesta quinta-feira, como parte da agenda de mil dias de gestão. A linha 2 do metrô será licitada no início do ano que vem, bem como será modernizada a linha 1, com investimento de R$ 2,8 milhões do Ministério do Desenvolvimento Regional e 400 mil, do governador de Minas, Romeu Zema (Novo).

Sobre os trabalhadores que perderam sua linha de produção, o presidente afirma que o Banco do Brasil abriu uma linha de crédito para atender essas pessoas. “O governo está sempre atento e sempre ao lado da população, nosso tempo não é consumido por debates e discussões que não interessam, a gente vai na fonte para resolver os problemas. A Caixa Econômica também entrou no plano Safra, e está entrando cada vez mais com recursos de financiamentos para agricultura familiar”, disse o presidente.

PIB

Questionado sobre o PIB, Bolsonaro afirmou que, “no ano passado, perdemos 4%, quando o mundo achava que íamos perder 10%, a maioria dos países da Europa ficaram na casa de menos de 10%. O Brasil foi bem, dados os problemas. Agora, no corrente ano, a última projeção de crescimento do Brasil é de 5,2%, é um número excepcional, estamos saindo da pandemia de forma bastante forte”.

O presidente também comentou o 'passaporte de vacinação'. “É uma forma de discriminar e de separar as pessoas'”, pontuou. “Devemos garantir a liberdade daqueles que querem e que não querem se vacinar, é o governo federal que financia as vacinas, quem quer tomar, tome”, finalizou.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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