Subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro foi o responsável por insuflar apoiadores para os atos de Sete de Setembro, que tinham no escopo pautas antidemocráticas, como a derrubada do Supremo e intervenção militar.
A informação foi enviada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 4 de setembro. No documento, Lindôra citava uma entrevista em que Bolsonaro falava sobre realizar um “contragolpe” a decisões contrárias ao governo federal. O próprio presidente participou do ato e fez ameaças veladas à Corte Suprema.
Como resultado, Bolsonaro se viu isolado e, no dia 9 de setembro, pediu socorro ao ex-presidente Michel Temer, que fez redigiu a “carta à Nação”, em que o mandatário se retratou e pediu desculpas ao STF e até ao ministro Alexandre de Moraes.
O documento tratava ainda da apuração do financiamento e a organização das manifestações e pedia o bloqueio de contas da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e da Associação Brasileira de Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido e determinou o bloqueio.
A associação de Mato Grosso declarou apoio ao presidente, publicando, inclusive, vídeos em seu canal no YouTube. Já a Aprosoja Brasil afirmou que não se posicionou, mas deixou os associados livres para fazê-lo.
Saiba Mais
- Economia Bolsonaro se reúne com Lira e Guedes para tratar de preço dos combustíveis
- Política "Bolsonaro respira e vive às custas de violência, morte e destruição"
- Política Bolsonaro ironiza: "Quando alguém invadir a tua casa, dê tiro de feijão"
- Política Bolsonaro descarta formação do partido Aliança pelo Brasil: "Zero chance"
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.