Presidente em exercício

Reajuste para servidores: Mourão diz que não há previsão de aumento

Vice-presidente ainda afirmou que o espaço no Orçamento é baixo e que, se for concedido reajuste, deve ser feito antes de abril do ano que vem

Cristiane Noberto
postado em 17/11/2021 17:13
 (crédito:  MARCOS CORREA)
(crédito: MARCOS CORREA)

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não havia conversado sobre reajuste aos servidores públicos antes de sua viagem ao Oriente Médio. De acordo com o chefe do Executivo em exercício, o impacto no Orçamento é grande e deve ser feito até seis meses antes das eleições. As declarações foram concedidas nesta quarta-feira (17/11).

“Não havia previsão disso até o presente momento, o presidente [Bolsonaro] lançou essa ideia agora, durante a viagem. O que a gente sabe, de dados macros, é que cada ponto percentual de aumento significa um impacto de R$ 3 bilhões no Orçamento. Se forem 5% [de reajuste], o impacto orçamentário é de 15%. Vamos esperar a análise da equipe econômica e o andamento da PEC [dos Precatórios] para ver o espaço fiscal disponível. Devemos lembrar que esse aumento deve ser concedido até o dia 2 de abril, porque até seis meses antes da eleição é o prazo máximo para conceder esse aumento [aos servidores]”, disse em entrevista ao UOL Entrevista.

Mourão ainda avaliou que o reajuste entra na disputa entre “disponibilidade x necessidade”. De acordo com o vice, para ter uma disponibilidade maior para os servidores, deverão ser cortados gastos em outras áreas e que “isso fica à disposição do presidente''.

Precatórios no Senado

O vice-presidente falou também sobre a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado. “Estou vendo as discussões dos senadores envolvidos e a situação dessa discussão tem dois aspectos, como foi feito na Câmara [dos Deputados], em comum acordo com o governo, com relação ao pagamento dos precatórios, e a reformulação do cálculo do teto. O Senado tem outra proposta, a de corte, efetivamente, para abrir o espaço fiscal. [São cortes] nas emendas, subsídios fiscais, mais de R$ 362 bilhões de renúncia fiscal que pode cortar R$ 30 ou R$ 40 bilhões. Então, eu acho que deverá ter um trabalho bem forte da nossa liderança. Estou vendo o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) trabalhando ativamente nisso aí. É um prazo curto, pois tem que ser no máximo até a primeira semana de dezembro, porque logo depois começa o recesso e vai ser mais difícil”, ressaltou.

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