RACHADINHAS NA ALERJ

Deixei o Rio para não ser morto, diz Queiroz em entrevista

De acordo com ele, caso o crime ocorresse seria "queima de arquivo" para culpar o presidente Bolsonaro

Correio Braziliense
postado em 24/11/2021 11:48 / atualizado em 24/11/2021 11:49
 (crédito: SBT/Reprodução )
(crédito: SBT/Reprodução )

O policial militar aposentado Fabrício Queiroz afirmou, nesta terça-feira (23/11), que teme ser morto e disse sonhar em voltar a amizade com o presidente Jair Bolsonaro. As declarações foram dadas em entrevista ao SBT.

Queiroz é investigado no esquema das "rachadinhas" no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério Público, Queiroz atuava como organizador do esquema.

Na entrevista, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro falou pela primeira vez em três anos sobre a investigação. Ele se disse inocente e que não existia esquema de rachadinhas. "Se Deus quiser, vou provar a minha inocência. Meu sonho é voltar a ter amizade com o presidente", afirmou.

Queiroz disse que saiu do Rio de Janeiro porque temia pela própria vida. De acordo com ele, o crime teria a intenção de culpar o presidente. "Seria queima de arquivo para cair na conta do presidente, como aconteceu com o capitão Adriano", disse.

Adriano da Nóbrega é apontado como líder de uma das maiores milicias do Rio. Ele foi morto durante uma operação policial na Bahia no ano passado.

Na entrevista, Queiroz também negou conhecer o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. Queiroz foi preso, ano passado, na casa de Wassef em Atibaia, no interior de São Paulo. Segundo Queiroz, ele só estava na casa para realizar um tratamento de saúde. Em março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade a ele e à mulher, Márcia Aguiar. 

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