Bolsonaro afirmou que com desvios em estatais poderiam ser feitos 100 transposições

De acordo com ministro, sem explicação foram retirados 200 km do projeto original das obras do norte da transposição do Rio São Francisco.

Tainá Andrade

postado em 10/02/2022 22:40 / atualizado em 10/02/2022 22:40

(crédito: Evaristo Sa/AFP - 22/3/21)

Bolsonaro volta a afirmar que o PT fez significativos desvios em estatais que poderiam ser realocados para, segundo ele, 100 transposições do Rio São Francisco. Em live transmitida nesta quinta-feira (10/2), ele afirmou, também, que na mudança do governo de Dilma Rouseff (PT) apenas 15% dos canais funcionavam e, em 2017, o canal do leste foi concluído por Michel Temer.

A fala de Bolsonaro foi uma tentativa de pregar que o governo dele foi o responsável por grande parte da obra na transposição do Rio São Francisco, diferente do apontado por petistas.

De acordo com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, no projeto original estavam previstos, para o eixo norte, 699 km, mas, por algum motivo, isso se tornou 477 km. Portanto, na gestão de Bolsonaro teriam realizado investimento de R$ 1,6 bilhões para beneficiar dois milhões de pernambucanos.

“Em 2013, sem dar satisfação pra sociedade, eles retiraram mais de 200 km do projeto. Que eram os canais do agreste pernambucano e do Salgado, no Ceará. O que o seu governo fez? Retomou os canais porque não adianta ter os eixos com as águas e não ter a capilaridade pra água chegar para a população. Nós nos debruçamos em concluir a obra. O que o governo nos orientou foi que terminássemos a obra e fizemos isso. Foi no governo que a água chegou ao Ceará, Paraíba e no Rio Grande do Norte”, disse Marinho.

Portanto, hoje, na contabilidade do ministro, o trabalho foi feito em três canais: um que já está concluído, outro está em construção e um terceiro está em processo de licitação. “Nós praticamente zeramos a corrupção em nosso governo. Repito, se aparecer nós vamos colaborar com as investigações. Mas foram três anos sem denúncias”, afirmou Bolsonaro.