Eleições

A conversa da 3ª via foi sequestrada pelo 'caciquismo político', diz d'Avila

Questionado se o partido Novo foi chamado para participar das discussões da 3ª via, dÁvila respondeu que a legenda foi convidada, mas se excluiu do debate por discordâncias de projetos para o Brasil

Victor Correia
postado em 27/04/2022 11:02 / atualizado em 27/04/2022 12:00
 (crédito: Reprodução/YouTube)
(crédito: Reprodução/YouTube)

O pré-candidato à Presidência pelo Novo, Luiz Felipe d'Ávila, afirmou nesta quarta (27/4) que a discussão da terceira via — alternativa a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) — foi dominada pelo "caciquismo político". Segundo d'Ávila, esse foi inclusive o motivo de seu partido ter se afastado das discussões por uma candidatura única, realizada pelo União Brasil, MDB e PSDB.

"A discussão foi capturada pelos caciques partidários, que não querem saber de discutir projeto de país. Eles estão preocupados em saber quantos deputados vão eleger", disse o pré-candidato em sabatina realizada hoje pelo portal UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo.

 

Segundo Felipe d'Ávila, ele apoiou a criação de uma terceira via unificada mesmo antes de declarar sua pré-candidatura, e mantinha diálogo com nomes como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil).

Pré-candidatos de fora das discussões

"O problema é que isso agora não está nas mãos dos candidatos, mas, sim, nas dos presidentes dos partidos. Ninguém está pensando no Brasil. Qual é a pauta? Se não vamos ter uma conversa séria, não me interessa participar. Não vou endossar mais uma candidatura que não vai fazer o que o Brasil precisa para crescer. Não vou participar de uma farsa", afirmou o presidenciável.

Na segunda-feira (25), os também pré-candidatos Simone Tebet (MDB) e Luciano Bivar (União Brasil) decidiram não participar de jantar marcado na casa do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB). O encontro tinha sido combinado para discutir a formação da chapa única entre os três partidos. Porém, Tebet e Bivar defendem que os pré-candidatos não participem das discussões, que deve ser conduzida pelos líderes das legendas.

D'Ávila, que também é cientista político, comparou os líderes nas pesquisas de intenção de voto, Lula e Bolsonaro, como sendo "absolutamente iguais" e disse que a eleição de ambos traria riscos à democracia. "É o fim da democracia no Brasil se Lula ou Bolsonaro ganharem. Vamos ter que ir à trincheira defender a democracia no Brasil. Vivemos um autoritarismo do populismo de direita e de esquerda."

 

 

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