Em ato pró-governo, no último domingo (1º de maio), Dia do Trabalho, na Esplanada dos Ministérios, estiveram presentes, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), parlamentares e ex-integrantes do governo que pretendem concorrer às eleições. Participaram das manifestações, por exemplo, o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ) e a ex-ministra da Família Damares Alves, que concorrerá ao Senado pelo Distrito Federal.
Diferentemente do presidente, as autoridades deram entrevistas e discursaram. General Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), subiu em um dos três carros de som na manifestação em Brasília para parabenizar os trabalhadores brasileiros em tom de campanha.
Apesar de iniciar o discurso alegando que aquele não era dia de “expressar raiva”, reforçou o discurso de luta entre o bem e mal. “Hoje não é um dia de fazer revanche, de fazer malcriação, de expressar raiva. (...) O que eu tenho pregado é que nós não podemos desistir do Brasil, nós precisamos que o bem vença o mal. Aqueles que sabidamente já demonstraram que são do mal não têm o direito de tomar o lugar daqueles que trabalham pelo bem”, declarou.
"E nós vamos conseguir isso com dedicação, trabalho, com probidade, honestidade e fazendo com que cada vez mais este país se aproxime do destino glorioso que todos nós sabemos que está previsto para o Brasil", continuou.
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O ato também contou com um comboio de aproximadamente 150 motociclistas que decidiram cruzar as duas asas de Brasília — Asa Sul e Asa Norte — em uma manifestação que tinha a intenção de expandir o ato para além da Esplanada.
O advogado aposentado Edmundo Gonzaga, 68 anos, que é motociclista autônomo, confirmou que a intenção foi "mostrar ao resto do pessoal de Brasília que não veio para a Esplanada que muitos manifestantes estão a favor do governo Bolsonaro".
Ele contou ser "totalmente contra a esquerda, o comunismo". "Não é ele (Jair Bolsonaro), sou favorável a qualquer um que represente uma cruzada contra o comunismo, qualquer um, no caso é ele. Foi o único que brigava contra o sistema. Então, qualquer pessoa que brigar contra esse sistema do PT, de esquerda, de comunismo tem o meu voto", explicou.
Gonzaga parte do pressuposto de que há um desequilíbrio dos Poderes e o Judiciário tem sido o protagonista. Para ele, Bolsonaro está "mais contido". "Deveria aderir a medidas mais enérgicas e tem meios legais para isso contra as ações do STF (Supremo Tribunal Federal). Mas ele é estrategista, militar, vamos ver o que vem por aí. Eu espero uma estratégia", opinou, engrossando o coro contra o Supremo presente no evento.
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