Os relatórios de transparência do Superior Tribunal Militar (STM) indicaram que o presidente da corte, general Luis Carlos Gomes Mattos, gastou R$ 235 mil em um ano com agenda intensa de viagens. O valor foi o acumulado de pagamentos em diárias tanto do ministro quanto de assessores.
Ao todo, foram 22 viagens, algumas delas eram para passar os fins de semana, sem compromissos oficiais, no Rio de Janeiro. E ocorreram principalmente no ano de pandemia. Boa parte das viagens, contudo, era para participar de eventos burocráticos e solenidades, como trocas de comandos do Exército. Além dessas listadas, está prevista a presença do general em Cartagena, na Colômbia, por cinco dias para participação em um evento, no qual irá palestrar.
O general não tem sua agenda diária de compromissos divulgada como é de praxe para presidentes de outros tribunais, como Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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Em resposta aos questionamentos, o STM alegou, em nota, normalidade no deslocamento do presidente pelo país. A justificativa foi de que há representação do tribunal nas relações com outros Poderes e autoridades. "O presidente recebe as diárias computadas para os dias em que participa de atividades previstas em sua agenda", escreveu.
"Privilegiando o princípio da economicidade, o presidente do STM aproveita participação em solenidades militares para visitar as diversas auditorias militares e estabelecer contato com autoridades, em diversas unidades da federação", acrescentou a nota.
O STM ainda não se manifestou sobre o motivo de a agenda diária do general não ser divulgada, nem sobre as viagens que incluem fins de semana.
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