ELEIÇÕES 2022

Deltan Dallagnol abre vaquinha para financiar campanha eleitoral

Ex-procurador tem como meta arrecadar R$ 300 mil. Em março, ele também recebeu dinheiro de apoiadores para pagar indenização ao ex-presidente Lula

Luana Patriolino
postado em 07/06/2022 22:33
 (crédito: Evaristo Sá/AFP)
(crédito: Evaristo Sá/AFP)

O ex-procurador da República Deltan Dallagnol lançou uma vaquinha na internet para bancar a campanha eleitoral dele no pleito de outubro. Ele é filiado ao Podemos e pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo estado do Paraná. A meta do pré-candidato é arrecadar R$ 300 mil. Até a publicação desta matéria, o montante estava em R$ 43.854.

“Se você é um dos milhões de brasileiros que apoiou a operação Lava Jato por todos esses anos e ama o Brasil, doe agora para a minha campanha e nos ajude a levar a Lava Jato para o Congresso Nacional!”, escreveu segunda-feira (6/6), nas redes sociais.

No site do financiamento, Dallagnol diz que defende o armamento para a população comum e fala sobre modificar o sistema eleitoral brasileiro. Ele chama a Operação Lava Jato de sucesso e pede doações para "vencer os corruptos poderosos" que estariam descontentes com a entrada dele no mundo da política.

“Lava Jato foi o diagnóstico da doença que acomete o Brasil, mas não basta o diagnóstico: temos que atacar o mal pela raiz e isso significa lutar contra o sistema da corrupção de dentro, no Congresso Nacional, onde são criadas as leis que governam o país e onde, infelizmente, estão os maiores corruptos do Brasil”, escreveu.

Em vídeo publicado em seu Instagram, Dallagnol também diz que é a solução para o combate à corrupção no Brasil. “Num passo de fé, eu deixei a minha carreira de 18 anos de Ministério Público, abrindo mão de muito para lutar contra a corrupção no Congresso Nacional, que é onde o mecanismo da pode ser realmente enfrentado”, afirmou.

Doações para pagar condenação

Em março, Deltan Dallagnol disse que recebeu R$ 575 mil, de uma “vaquinha espontânea”, para bancar uma indenização ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-procurador foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a pagar R$ 75 mil ao pré-candidato à Presidência da República por conta da exibição de um PowerPoint que colocava o petista como “comandante máximo” de uma organização criminosa.

Segundo Dallagnol, foram feitas centenas de contribuições de valores diversos, de R$ 1 a mil reais. À época, ele ainda prometeu prestar contas para a sociedade de tudo o que for recebido e doar o restante a instituições filantrópicas que ajudem crianças com câncer e autismo.

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