Mato Grosso do Sul

Com Braga Netto em Campo Grande, Bolsonaro pede: "Decidam com a razão"

O presidente Bolsonaro negou que estivesse em campanha, citou ações do governo como o Auxílio Brasil e ainda a intenção de aumentar o pagamento da mensalidade para R$ 600, caso aprovado pelo Congresso Nacional nesta semana

Ingrid Soares
postado em 30/06/2022 16:03 / atualizado em 30/06/2022 16:03
Bolsonaro ainda citou indiretamente o ex-presidente Lula e o PT, citando as pautas ideológicas defendidas em sua gestão -  (crédito: Reprodução/Facebook/Jair Bolsonaro (30/6/2022))
Bolsonaro ainda citou indiretamente o ex-presidente Lula e o PT, citando as pautas ideológicas defendidas em sua gestão - (crédito: Reprodução/Facebook/Jair Bolsonaro (30/6/2022))

Em tom de campanha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcou nesta quinta-feira (30/06) em Campo Grande (MS) junto com o general Walter Braga Netto, nome já confirmado pelo chefe do Executivo como seu vice na chapa à corrida presidencial. Ao falar sobre as eleições durante a cerimônia de entrega do Residencial Jardim Canguru, Bolsonaro pediu que a população decida o voto com “a razão” e não pela “emoção”. E se confundiu citando eleições em “outubro do ano que vem”.

“Decidam não com o coração ou com emoção. Decidam com a razão porque o seu ato em outubro do ano que vem pode simplesmente definir a maneira como se vai viver: como um brasileiro ou como um venezuelano e nós sabemos o que nós queremos.”, bradou.

O chefe do Executivo também citou ações do governo como o Auxílio Brasil. E ainda a intenção de aumentar o pagamento da mensalidade para R$ 600, caso aprovado pelo Congresso nesta semana.

“Aqueles que falam que nosso governo não tinha sensibilidade com os mais humildes, só em 2020 com o programa gastamos o equivalente a 15 anos de Bolsa Família. Depois criamos o Auxílio Brasil e o Bolsa Família passou a valer R$400. O parlamento está votando nessa semana a majoração do mesmo para R$ 600. É uma ajuda para os mais humildes, mas é uma ajuda para os prefeitos também porque a economia gira em cima desse recurso”.

Bolsonaro ainda negou que estivesse fazendo campanha e prometeu retornar a Campo Grande com essa finalidade. “Eu prometo por ocasião das eleições voltar aqui a nossa Campo Grande para fazer campanha. O momento [aqui] é outro. É um ato de entrega de apartamentos”, alegou.

Propostas em tom de campanha

Bolsonaro ainda citou indiretamente o ex-presidente Lula e o PT, citando as pautas ideológicas defendidas em sua gestão.

“O vermelho representa tudo que há de ruim no momento em nossa pátria e complemento: tem algo muito mais importante que a nossa própria vida: é a nossa liberdade”, disse.

“Eu pergunto: vocês defendem a posse de arma para a pessoa de bem? Vocês, assim como eu, são contra a ideologia de gênero? Vocês são contra a liberação das drogas? Sim, somos contra. Vocês sabem do trabalho que fazemos para diminuir o trabalho (do) MST. Não foi um trabalho de força, foi um trabalho para titular terras”, completou sendo ovacionado por apoiadores.

Ele voltou a alegar que “acertou tudo” durante a pandemia e que foi impedido de agir. A informação, contudo, é falsa e já foi desmentida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão da Corte foi a de que as medidas adotadas pelo governo federal para o enfrentamento do novo coronavírus não afastam a competência concorrente nem a tomada de providências normativas e administrativas por estados e municípios. Ou seja, tanto Bolsonaro quanto governadores e prefeitos poderiam implementar políticas para fazer frente à pandemia.

“Enfrentamos dois anos de pandemia. Muitos perderam parentes ou amigos queridos. Lamentamos. Mas nós não podemos parar. Sempre disse isso desde o início da pandemia. Não consegui fazer o que eu queria. Tive o impedimento da Justiça. Hoje, quem lembra o que aconteceu lá atrás sabe que nós acertamos tudo o que por ventura queríamos botar em prática”.

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