O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (11/7), que o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães “vai responder” pelas denúncias de assédio sexual e moral que o levaram a pedir demissão no final do último mês.
O chefe do Executivo foi perguntado sobre como avaliava as denúncias contra o ex-presidente do banco, seu aliado. “Avalio nada. Ele não está respondendo? Está respondendo. Tomei a providência que tinha que tomar”, disse em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
Bolsonaro ainda rebateu sobre a saída de Guimarães ter sido publicada como “a pedido” e não por iniciativa do próprio governo. “Tanto faz. Você, no seu serviço, pode pedir pra sair ou alguém te demitir. Às vezes, o que é melhor para você? É pedir para sair. Não vou criar um problema em cima disso”. “O Pedro vai responder. Vai responder e, ao final do processo, vão chegar a um veredicto”, completou.
Por fim, alegou que colocam a culpa nele por “tudo que acontece”. “Eu tenho 23 ministros, mais de uma centena de secretários e 30 mil servidores. Tudo que acontece colocam a culpa em mim. O Pedro vai responder, vai responder, e ao final do processo vão chegar a algum veredicto”, concluiu.
No dia 29 de junho, Guimarães pediu demissão da presidência da Caixa. Em carta divulgada, ele ainda afirmou que as acusações não procedem, mas disse que não pode prejudicar "a instituição ou o governo sendo um alvo para o rancor político em um ano eleitoral".
Guimarães é acusado de assédio sexual, em uma investigação sigilosa em curso no Ministério Público Federal. Nas denúncias de assédio, funcionárias do banco relatam os abusos. Guimarães é acusado de passar a mão nas mulheres, convidá-las para quartos de hotel em viagens, além de cometer assédio verbal.
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