CRIME NO PARANÁ

Bolsonarista que matou petista deve receber alta e ir para a prisão

Jorge Guaranho está internado desde o dia 10 de julho e responde por homicídio duplamente qualificado

Maria Paula Monteiro*
postado em 05/08/2022 15:04
Defesa de bolsonarista alegou necessidade de Guaranho fazer fisioterapia e fonoaudiologia após alta -  (crédito:  Redes sociais)
Defesa de bolsonarista alegou necessidade de Guaranho fazer fisioterapia e fonoaudiologia após alta - (crédito: Redes sociais)

O bolsonarista Jorge Guaranho, que matou o petista Marcelo Arruda em uma festa de aniversário no dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu, no Paraná, deve cumprir pena no Complexo Médico Penal após ter alta. A decisão é da Justiça do Paraná, que negou o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa.

No pedido de liminar, a defesa do policial alegou que “a alta hospitalar não significa alta médica, tendo em vista que o paciente demanda cuidados especializados para atividades básicas da vida”, e disse da necessidade de Guaranho de realizar fisioterapia e fonoaudiologia após sair do hospital.

O Ministério Público foi contra a prisão domiciliar e medidas mais leves de restrição, afirmando que “"não há como falar em 'alegação vazia da gravidade do crime', 'mera retórica' ou 'atuação contida' do detento na espécie, visto a gravidade acachapante da conduta".

Jorge Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado, e deve ficar em cela separada dos demais, por ser um preso integrante da Administração da Justiça Criminal. A pena pode variar de 12 a 30 anos.

Guaranho deve receber alta hospitalar nesta sexta (5/8), segundo informações apuradas pelo site G1.

Relembre o caso

Marcelo Arruda era tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu, e foi morto a tiros enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos com a temática do Lula e do PT.

Arruda e sua família foram surpreendidos pelo bolsonarista Jorge Guaranho, que invadiu o espaço e atirou contra o guarda municipal.

Jorge José da Rocha Guaranho é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) e agente penitenciário. Ele chegou a ser atingido com quatro tiros quando Marcelo agiu em legítima defesa.

O agente também sofreu agressões físicas dos familiares e convidados que estavam na festa e, em funções dos ferimentos, foi internado em estado grave.

*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais

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