Eleições 2022

Em Brasília, Bolsonaro participa de missa que lembra quatro anos pós-facada

A apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro também voltou a pedir participação nos atos do 7 de Setembro: "Nós devemos preservar aquilo que Deus nos deu, a nossa liberdade"

Ingrid Soares
postado em 06/09/2022 11:15 / atualizado em 06/09/2022 14:54
 (crédito: Reprodução / Redes Sociais)
(crédito: Reprodução / Redes Sociais)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (6/9) que participará de uma missa em agradecimento a sua sobrevivência após a facada ocorrida em 2018, durante campanha presidencial em Juiz de Fora, Minas Gerais. Hoje se completa quatro anos do ocorrido. A declaração foi feita a apoiadores que foram recebidos por ele nesta manhã no Palácio da Alvorada.

“Hoje, quatro anos da facada. Vou a uma missa daqui a pouco, ao meio-dia, numa igreja aqui em Brasília”. Na ocasião, também voltou a convocar apoiadores a participarem dos atos do 7 de Setembro. “Amanhã, quem puder comparecer, no seu respectivo Estado, deve comparecer, nós devemos preservar aquilo que Deus nos deu, a nossa liberdade.


“Nós não queremos o que está acontecendo nos outros países, como a Nicarágua. Amanhã serão 200 anos da nossa independência e, pode ter certeza, uma eternidade pela nossa liberdade. Havendo a reeleição e, se Deus quiser, ela acontecerá, a gente vai ver que o Brasil continuará no ritmo que está, fazendo com que todos joguem dentro das quatro linhas da Constituição”, emendou.

Por fim, sem citar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), falou em “arbitrariedades”. “Tem ocorrido arbitrariedades por aí, que doem no coração da gente. Tentam nos tirar do sério o tempo todo e a gente está resistindo. Vocês sabem que eu estou do lado do povo brasileiro. É muito mais fácil eu estar do outro lado, mas isso a minha consciência não deixa fazer”, concluiu.

Já na Paróquia São Miguel Arcanjo e Santo Expedito, na Asa Norte, Bolsonaro foi ovacionado ao som de “mito” por apoiadores presentes na celebração. Na homilia, o padre relembrou a facada recebida pelo presidente em 2018 e disse que a missa tinha o significado de “vida” para Bolsonaro.
“Esta Santa Missa de hoje significa vida para o nosso querido presidente porque há quatro anos atrás ele foi atacado, hoje, ele veio agradecer o dom da vida. As mãos misericordiosas de Deus tocaram o nosso presidente e ele não se foi porque uma missão ainda tem que ser cumprida. Como Deus é misericordioso conosco”.
O sacerdote também mencionou perseguição e prisão de padres na Nicarágua. “Nesta Santa Missa estamos rezando pelos cristão que estão sendo perseguidos por sua fé, pela fé em nosso Senhor Jesus Cristo, principalmente os nosso irmãos da Nicarágua, os nosso irmão católicos, muitos estão presos, tudo por conta de queremos pregar livremente a palavra e cantarmos livremente os louvores de nosso Senhor. Tudo em nome de uma falsa liberdade”.
“Que fique longe de nós o comunismo, o falso socialismo. Questões como aborto e ideologia de gênero, essas coisas são avessas a nós”, completou.

O presidente Bolsonaro, foi convidado a ler uma oração de Nossa Senhora Aparecida. Ao final, discursou brevemente, também pregando contra o “comunismo” e falou em "dar a vida pela liberdade”.
“Tem um rito que faço já há alguns anos: levanto e peço a Deus que nosso povo não experimente as dores do comunismo. Então, rezo um Pai Nosso e peço a ele mais que sabedoria, peço força para resistir e coragem para decidir. E nesse momento eu não peço isso a ele, porque ele já me deu e eu agradeço pela força, pela coragem e pela sabedoria. Peço agora a Deus que não seja preciso usar tudo isso em defesa da nossa pátria. Mais do que jurar a vida pela pátria, eu agora tenho um juramento também de dar a vida pela nossa liberdade. Obrigada a Deus pela segunda vida e muito obrigada a Deus pela difícil missão que me deu em ser o chefe desta nação”, concluiu, ao som de “mito”.

Também acompanharam o presidente na missa a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o candidato a vice na chapa de reeleição de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e ministros da Esplanada.

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