Muito antes de o primeiro eleitor brasiliense depositar o voto na urna eletrônica, os profissionais do Correio Braziliense, da TV Brasília e da rádio Clube FM estavam a postos para oferecer uma extensa cobertura do primeiro turno das eleições. Desde as primeiras horas de ontem, equipes de jornalistas, cinegrafistas, fotógrafos estavam nas ruas para acompanhar a movimentação nas 21 zonas eleitorais do Distrito Federal. Começava, assim, um trabalho que se estenderia até as primeiras horas de hoje, com a consolidação do resultado das votações e a análise do Brasil que emerge depois da contabilização das urnas.
Nas reportagens, os leitores puderam conferir quando votaram e o que disseram os candidatos à Presidência da República, ao governo do Distrito Federal e ao Senado pelo DF, além da apuração em tempo real para todos os cargos eletivos desse pleito e da disputada corrida presidencial.
O resultado completo do primeiro turno ficou distribuído em mais de 100 reportagens, com as definições de quem ganhou em cada estado e em quais a disputa seguirá, além dos senadores eleitos para cada unidade da Federação. A nova bancada do Distrito Federal na Câmara dos Deputados e a composição da Câmara Legislativa para os próximos quatro anos também estiveram em destaque.
Além do trabalho nos diferentes cantos do DF, a cobertura das eleições produzida pelos Diários Associados acompanhou, em tempo real, a atualização dos resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A partir das 17h, o jornalista Lucas Móbille atualizava, a todo momento, os números provenientes do TSE. Essas informações eram detalhadas para os telespectadores da TV Brasília, os ouvintes da rádio Clube FM e os leitores do Correio Braziliense no site e nas redes sociais do jornal.
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Análise minuciosa
Mas o trabalho jornalístico dos Diários Associados não se resumiu à cobertura dos acontecimentos. À medida que os números das urnas se tornavam públicos, analistas do Correio Braziliense e convidados especiais se revezavam em uma edição especial do CB.Poder. O primeiro a participar da série de entrevistas foi o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), Roberval Belinatti. Durante a conversa de 30 minutos, ele destacou o clima de normalidade registrado nas eleições do Distrito Federal. E reafirmou a previsão — que se confirmou, mais uma vez — de uma apuração de votos muito rápida em Brasília. De fato, às 20h11, os sistemas do TSE confirmaram a reeleição de governador Ibaneis Rocha em primeiro turno. Mais cedo, às 19h03, Damares Alves (Republicanos) despontava como senadora eleita, com mais de 600 mil votos.
As análises do CB.Poder Especial mostraram as diferentes implicações da eleição no Distrito Federal. Ante o sucesso eleitoral dos candidatos de perfil conservador no DF, o ex-governador Cristovam Buarque defendeu que a esquerda precisa ir ao "divã" e renovar suas ideias, a fim de ter alguma influência sobre os eleitores. "O brasileiro quer alguma coisa nova e nós, progressistas, ficamos muito com coisas antigas, nostálgicas. A direita tem o presente dos temas atuais, que não tem nada a ver com problema nacional, mas que a gente colocou como progresso para com os costumes", comentou. "Sou defensor total das bandeiras de avanços dos costumes, mas elas têm que vir pela educação, e não pelas leis."
Também contribuíram para o debate analítico do CB.Poder Especial os cientistas políticos Leonardo Barreto, Lúcio Rennó, Rafael Favetti e Wagner Parente. Os convidados compartilharam suas impressões com os jornalistas Glaucia Guimarães, Denise Rothenburg, Ana Maria Campos, Carlos Alexandre de Souza, Samanta Sallum e Vinicius Doria.
Barreto avaliou a importância da senadora eleita Damares Alves entre os evangélicos. "Hoje muita gente se questiona se ela não teria ajudado o presidente Jair Bolsonaro com o eleitorado feminino, caso tivesse sido a vice. Tem gente que acha que a posição dela, talvez, pudesse ser até do lado dele na eleição presidencial", disse.
Cheque em branco
Favetti, por sua vez, avaliou a reeleição de Ibaneis e lembrou que o eleitor não deu ao governador um cheque em branco. "Acho que essa é a grande mensagem que fica para os votos do Distrito Federal", comentou. Ao abordar o tema da polarização, Rennó assegurou que ela não desaparece de uma hora para outra. "Acho que ela se mantém. O bolsonarismo é um elemento importante e vai ser interessante ver a postura de Bolsonaro na oposição, como, talvez, o principal líder da oposição", disse.
Parente, da BMJ Consultores Associados, vê um sentimento de anticlímax na eleição de Ibaneis. "O posicionamento do governador sempre foi o oposto. Ele dizia: 'Estou me preparando para um segundo turno'. Então, a vitória no primeiro vem como uma surpresa positiva para ele", comentou.
Para o segundo turno, o especial eleicoes.correiobraziliense.com.br continuará no ar, destacando toda a cobertura destas eleições. Siga o Correio no Twitter (@correio), Facebook, Instagram (correio.braziliense) e YouTube para se manter atualizado sobre tudo o que acontece nas eleições 2022.
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