DESINFORMAÇÃO

TSE ordena remoção de fake news que ligam Lula à perseguição religiosa

Entre os links removidos, estão os de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do jornal Gazeta do Povo

Luana Patriolino
postado em 04/10/2022 19:43 / atualizado em 04/10/2022 23:39
 (crédito: Ernesto Benavides / AFP       )
(crédito: Ernesto Benavides / AFP )

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a remoção de 31 publicações de perfis bolsonaristas no Twitter e no Facebook, que postaram fake news tentando ligar o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à perseguição religiosa. A decisão, do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, ordenou a retirada em até 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

As postagens falsas afirmavam que Lula da Silva perseguiria cristãos, fecharia igrejas e apoiaria a ditadura na Nicarágua. Entre os links removidos, estão os de aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do jornal Gazeta do Povo.

A decisão de Sanseverino atende a um pedido da Coligação Brasil da Esperança — que representa o petista. “Observo que as publicações impugnadas transmitem, de fato, informação evidentemente inverídica e prejudicial à honra e à imagem do candidato ao cargo de presidente da República nas eleições 2022”, afirmou o ministro.

“As publicações contêm informação manifestamente inverídica e divulgada no período crítico do processo eleitoral, em perfil com alto número de seguidores, de forma a gerar elevado número de visualizações, o que possibilita, em tese, a ocorrência de repercussão negativa de difícil reparação na imagem do partido político e do candidato atingidos pela desinformação”, destacou o magistrado.

A ministra do TSE Cármen Lúcia já havia ordenado a derrubada de informações falsas publicadas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP)que ligavam Lula à ditadura da Nicarágua. Na ocasião, a magistrada determinou uma multa de R$ 50 mil, caso o filho do presidente voltar a postar conteúdos semelhantes.

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