Eleições 2022

Carlos Lupi a Lula em encontro: "Estar ao seu lado não é favor, é obrigação"

O ex-presidente e o presidente do PDT se reuniram nesta quarta-feira (5/10) para firmar publicamente uma aliança no segundo turno

Victor Correia
postado em 05/10/2022 16:11
 (crédito: Reprodução/Youtube @Lula)
(crédito: Reprodução/Youtube @Lula)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se nesta quarta-feira (5/10) com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, para firmar apoio à candidatura do petista. Na breve conversa, aberta à imprensa, Lula agradeceu o endosso, citou negociação com Leonel Brizola, fundador do PDT, em 1989, e fez acenos a Ciro Gomes, que não estava presente. "Aprendi a gostar de graça, mesmo quando ele falava mal da gente", disse Lula sobre o ex-ministro.

"Quando a gente chegar nas eleições municipais, a gente vai ver que o PT e o PDT estarão juntos em mais de 500 cidades", afirmou o ex-presidente no encontro, ocorrido em um hotel de São Paulo. "A história não é de 3,5% dos votos. O Ciro vale mais do que isso. É muito mais importante do que isso", acrescentou.

"Conheço bem o Ciro Gomes"

A Lupi, Lula disse que existem três políticos que ele aprendeu "a gostar de graça, mesmo quando eles falavam mal da gente". São eles o ex-governador de São Paulo Mário Covas,  o ex-governador do Paraná Roberto Requião e Ciro Gomes. O petista também diminuiu os ataques que sofreu de seu ex-adversário durante a primeira fase da corrida presidencial. 

"Eu conheço bem o Ciro Gomes. Ele foi meu ministro, almoçamos juntos, jogamos bola juntos. O Ciro é uma pessoa às vezes pessoalmente muito diferente do que ele é no palco de luta", declarou Lula. "Todos nós quando disputamos uma eleição, às vezes, nós fazemos tipo, nós viramos atores", completou.

Lupi, que foi convidado pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, para compor a coordenação de campanha de Lula, elogiou o petista e defendeu a necessidade de alianças para derrotar Jair Bolsonaro (PL), a quem responsabilizou por parte das 700 mil mortes durante a pandemia da covid-19.

"Bolsonaro representa tudo o que a gente lutou durante a vida toda contra. Nós somos o partido dos cassados, dos exilados, dos torturados", afirmou Lupi. "Nós não podemos aceitar a omissão, a ignorância, como regra numa sociedade democrática e civilizada como é a sociedade brasileira. Vamos nos colocar à disposição, em cada estado brasileiro, os trabalhistas, os netos e bisnetos de Brizola. Estar ao seu lado não é um favor, é uma obrigação", completou.

Como será no dia do segundo turno das eleições

Dia e horário de votação: o segundo turno será no domingo (30/10), das 8h às 17h, no horário de Brasília. A divulgação da apuração dos votos deve começar logo após o fechamento das urnas.

Onde votar: o eleitor pode conferir o local de votação no site do TSE. Ou por meio do aplicativo e-Título, acessando "onde votar".

Quem deve votar: todos os brasileiros alfabetizados, entre 18 e 70 anos, são obrigados a votar no dia da votação. O voto é facultativo apenas para quem tem entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos.

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