MANIFESTAÇÃO

Ajufe divulga nota de apoio à ministra Cármen Lúcia: "Inaceitáveis"

Entidade se manifestou após o ex-deputado Roberto Jefferson atacar a magistrada com xingamentos e ofensas à honra

Luana Patriolino
postado em 22/10/2022 22:45 / atualizado em 22/10/2022 22:45
Em um vídeo, publicado na última sexta-feira, Roberto Jefferson distribui ataques e xingamentos à ministra Cármen Lúcia -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Em um vídeo, publicado na última sexta-feira, Roberto Jefferson distribui ataques e xingamentos à ministra Cármen Lúcia - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) se solidarizou com a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia, após os xingamentos do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Por meio de nota, a entidade disse que os ataques são injustificáveis, inaceitáveis e sexistas. No documento, publicado neste sábado (22/10), também é citada a necessidade de responsabilização do político por conta das falas.

“A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), entidade representativa da magistratura federal brasileira, se solidariza com a Ministra do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia, em face dos ataques injustificáveis e inaceitáveis sofridos em decorrência de sua atividade jurisdicional”, diz.

Em um vídeo, publicado na última sexta-feira, Roberto Jefferson distribui ataques e xingamentos à ministra Cármen Lúcia, por ela ter votado para punir a emissora Jovem Pan pelas declarações falsas contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — candidato à Presidência da República. Na gravação, que dura pouco mais de 1 minuto, o petebista a chama de “bruxa”, “arrombada” e ainda diz que ela é como uma "prostituta".

A entidade destaca o tom machista dos ataques do petebista. “A manifestação é duplamente grave, porque atenta contra o exercício da Magistratura e também porque se apoia em estereótipos de cunho sexista, que historicamente sedimentam violações de direitos das mulheres, o que exige uma forte reação para que não se naturalizem comportamentos repugnantes como estes, vindos de quem quer que seja”, aponta.

“A Ajufe reitera sua posição de banimento desse tipo de conduta e a necessidade de responsabilização em todos os âmbitos, inclusive o criminal, para que se possa avançar na construção de uma sociedade mais justa, plural e solidária”, finaliza a manifestação da instituição.


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